quinta-feira, 10 de junho de 2010

iPhone 4


Brasília (morto!) - Esta semana, acompanhei de forma on-line o lançamento do iPhone 4. Steve Jobs apresentou o novo dispositivo (nem dá para chamar de telefone) e discorreu sobre todas as novas "features" do brinquedo. À primeira vista, muitas pessoas não vêem muita utilidade em algumas das novidades. Assim como conheço algumas pessoas crêem que há diferença entre um iPhone e outros aparelhos de telefone celular.

Tenho um iPhone 3G, do qual gosto muito. Já fui integrante do grupo dos que não via diferença entre um iPhone e o meu Nokia E71. Aliás, a grande diferença era o preço, sendo o iPhone muito mais caro. Porém, como sou um geminiano emblemático, sempre nutri certa curiosidade. Sempre que encontrava alguém que possuía um, questionava qual a sua opinião e o porquê. E fui colecionando opinões. Até que, um belo dia, resolvi adquirir meu próprio iPhone e colecionar minhas próprias opiniões. Hoje, passado praticamente um ano, não me imagino vivendo sem o meu. Outro dia, o danado travou e fiquei sem conseguir usá-lo por umas três horas. Foi desesperador. Cheguei a ficar de mau humor, agitado, puto mesmo. Quando descobri como destravá-lo (impressionante como a cada dia descubro algo novo sobre ele) foi uma alegria só, um alívio.

Confesso que também não vi muita graça em algumas novidades do iPhone 4. A coisa que mais gostei foi a possibilidade de realizar video chamadas. Há um ano atrás, eu também não via a razão de ser do iPhone e hoje não vivo sem ele, o que me leva a crer que, certamente, não vi graça nas novidades por ainda não utilizá-las. Assim que colocar as mãos num iPhone 4, tenho certeza de que arranjarei uma utilidade para estas novas "features".

É engraçado essa situação de não ver utilidade num dia e ser totalmente dependente em outro. Será que alguém já questionou qual a utilidade de uma televisão à cores, já que o importante é ver a imagem? Será que alguém já questionou o porque de ter um computador dentro de casa, já que poderia levar uma máquina de calcular no bolso? Será que alguém questionou o porquê de um telefone celular, já que se precisasse fazer uma ligação, sempre teria um telefone fixo (mesmo que público) à disposição?

Acredito que certamente alguém fez todos estes questionamentos. O fato é que quando ainda não se conhece um novo advento, não é tão simples pensar no seu potencial futuro. É lógico que hoje os computadores são muito mais do que uma máquina de calcular, mas quem precisava ler e-mail, acessar internet, produzir conteúdo ou baixar mp3 antes dos PCs invadirem as residências de praticamente todo o mundo? A própria televisão à cores trouxe outra percepção aos telespectadores e sua evolução com a TV Digital e 3D ainda continuam a surpreender.

O fato é que quando um novo advento é lançado, um novo caminho é aberto. Se o caminho vai levar a algum lugar produtivo ou não, é difícil afirmar, até porque houveram várias outras invenções fracassaram também. Como eu gosto de falar para quem pede a minha opinião: "O iPhone não é apenas um telefone celular. Fazer ligações é apenas mais uma de suas features".

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