domingo, 7 de outubro de 2012

Suas Lindas - Marketa Slukova

Brasília (potência...) - Acompanhei uma parte das Olimpíadas de Londres. Desta vez, procurei ver alguns esportes que não vejo usualmente, mas acabei mesmo ficando no vôlei e no atletismo. Não sou do tipo que torce incondicionalmente pelos brasileiros. É legal ver os brasileiros ganhando, principalmente quando consideramos a ralação à qual é submetida um atleta profissional em nosso país, mas adoro ver as grandes estrelas mundiais, tipo: Ulsain Bolt, Michael Phelps, Roger Federer,  Cesar Cielo,  Yelena Isinbayeva e por aí vai.




É muito legal quando os atletas de ponta são brasileiros, caso de todas as seleções e duplas de vôlei, esporte em que o Brasil é cada vez mais uma potência absoluta. E foi exatamente num jogo de vôlei que traí o meu país. O jogo era Talita Rocha e Maria Antonelli x Marketa Slukova e Kristyna Kolocova. As brasileiras levaram fumo. Nem me lembro de quanto foi o jogo, mas este foi especialissimo por um motivo: Marketa Slukova.


Esta passou a ser a minha torcida no vôlei de praia feminino no restante do torneio. Uma pena que elas não chegaram à grande final. Mereciam muito... Após os Jogos Olímpicos, tive a curiosidade de entrar no site da dupla e percebi que elas vieram ao Brasil (e em Brasília) este ano. Quem sabe voltam no ano que vem??

 



domingo, 30 de setembro de 2012

Quem vai Quebrar o Paradigma?


Brasília (em terra de IOS 6, quem tem Ice Cream Sandwich é rei) - A grande disputa do momento, no mundo da Tecnologia de Informação (TI), é: Apple versus Google. Em nosso mundo paralelo (o da TI) a dicotomia é algo comum. Não é raro ver profissionais optando seguir por caminho A ou B, usuários apaixonados pela marca/tecnologia A ou B, entusiastas de uma ou de outra, evangelizadores, entre outros. Há tempos discuto entre meus pares a respeito do assunto e analiso quem ganha e quem perde com estas disputas.

O mercado de tecnologia da década de noventa foi marcado por um amplo domínio da empresa estadunidense Microsoft. Produtos como Windows, Office, Visual Studio, entre outros dominavam seus respectivos segmentos. Em meados da década, começaram a surgir os principais rivais: Linux, que fazia frente ao Windows (para a utilização em servidores, visto que sua utilização doméstica e em estações de trabalho nunca foi uma realidade); Delphi, competindo com o Visual Basic no segmento de desenvolvimento de aplicações; entre outros. Da mesma forma, a Microsoft tentou entrar em segmentos onde não tinha tradição como: servidores de Banco de Dados para a plataforma baixa, onde apresentou o SQL Server, que fez frente ao Oracle, líder deste mercado; no segmento Internet (que acabara de surgir),  onde o líder era o Netscape e este foi confrontado pelo Internet Explorer.

Em meio à embates recheados de elementos como: apresentações midiáticas a cada nova versão de aplicativo, espionagem industrial, contratação de profissionais do concorrente, legiões de evangelizadores remunerados de parte a parte, suspeita de sabotagem, disputas judiciais, entre outros elementos típicos de uma verdadeira “guerra”, empresas foram compradas, outras levadas à falência e outras relegadas à margem do mercado. Na maioria destas brigas não houve um vencedor, tamanho o desgaste ao qual os envolvidos (geralmente dois) eram submetidos. Normalmente surgia uma terceira força correndo por fora, fazia algo diferente e acabava por indicar um novo caminho a ser seguido. São exemplos: a briga VB versus Delphi propiciou o crescimento vertiginoso da plataforma Java; Internet Explorer versus Netscape resultou no surgimento do Firefox (vale ressaltar que o Mozilla já havia sido conconrrente no Netscape no passado); a disputa entre os sites de pesquisa Altavista versus Yahoo abriu espaço para o Google; entre os provedores gratuitos de e-mail, do embate Hotmail versus Yahoo, surgiu o Gmail; e há outro sem número de situações semelhantes.

Na dicotomia atual, vejo alguns aspectos particulares que demonstram que a Google aprendeu com o passado, o que pôde ser percebido na aquisição do Youtube, mesmo tendo tentado (e fracassado) a concorrência por meio do Google Player. Adquirir o líder do segmento e seu know-how parece ser mais eficaz do que percorrer todo o caminho e ainda passar pelo desgaste da disputa. Já a Apple parece não importar-se com diversos aspectos que se mostraram ineficazes ao longo do tempo, como: não adesão aos padrões de mercado (por exemplo, a interface de conexão do iPhone); não permitir a expansão da memória de seus produtos, usando cartões de memória; controle do conteúdo de seus produtos por meio de software proprietário e pouco flexível (iTunes). Uma questão interessante e a ser estudada é o fato dos consumidores da Apple importarem-se pouco com as restrições a eles impostas. Mas o fato aqui é que esta disputa, em particular, envolve alguns aspectos fundamentais, quase filosóficos e este fato a torna muito interessante frente às demais.

O ponto de vista que defendemos desde a época do duelo Windows versus Linux é que não devemos tomar partido de forma radical. Devemos aproveitar os pontos fortes de uma e de outra e ao mesmo tempo, estar conscientes de suas limitações. Sob o ponto de vista profissional, o melhor é estar no meio, conhecer os dois mundos e saber como lidar com os dois. Este tipo de postura abre um leque maior de possibilidades, além de minimizar o risco em caso de opção por um lado que venha a ser subjulgado. A respeito dos "vencedores" acreditamos que dificilmente alguém sairá desta disputa sendo declarado vencedor absoluto. As dicotomias, via de regra, permitiram a alguém, até então fora do contexto: inovar, quebrar o paradigma e liderar a caminhada pelo novo caminho proposto. Acreditamos que aí está a fórmula para a "vitória" neste tipo de disputa: a quebra de paradigma. Sendo assim, o comportamento que recomendamos é: saber tirar proveito das plataformas e produtos oferecidos, sem tomar partido de forma radical e aguardar o próximo passo que, com base no que ocorre historicamente, não será dado nem por Apple e nem por Google.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Volta ao Lago 2012


Brasília (timaço!) - O registro não é meu, mas concordo com cada vírgula do que está escrito. No ano passado, relatei a nossa participação na Volta ao Lago Caixa 2011 e avisei "Ano que vem tem mais!". E teve. Tudo devidamente registrado pelo Luiz Cândido aqui. Não deixem de comentar.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Yes, we can!


Brasília (dói tudo!) - Quem diria que 1 ano e 2 meses após minha primeira e despretensiosa corrida, eu completaria os 42.195 metros de uma Maratona?!?!?!

sábado, 7 de julho de 2012

Encontros e Desencontros

Rio de Janeiro (sim, continua lindo...) - Há poucas horas, pus os pés na cidade maravilhosa pela (sei lá) trigésima vez. Desde que meu sogro se foi, as visitas ao Rio não são a mesma coisa. Carioca da gema, o Seu Gentil, tinha a cara do Rio. Em nossas conversas, ouvi diversas histórias e (certamente) algumas estórias a respeito de suas peripécias enquanto mais jovem.

Infelizmente, nunca tive o prazer de vir ao Rio em sua companhia, apesar de nós dois estarmos freqüentemente por aqui. Apesar deste lapso, deste gap, vejo o Seu Gentil em diversas ruas que passo. Sobretudo nas mais "cariocas", mais simples. Vejo-o pechinchando o preço de alguma coisa junto aos ambulantes, caminhando descalço na praia, sugerindo-me comer alguma coisa que não conheço, rindo de mim por algum mico, defendendo-me dos muitos "espertos" que tentam nos passar a perna (isso é chato aqui no Rio) ou apenas passando pelos lugares e contando uma de suas inúmeras histórias. Por não ter experimentado qualquer uma destas situações, estar no Rio desde a partida do Seu Gentil soa como um desencontro.

Hoje, quando estava no avião aguardando o desembarque, participei de um batepapo com um senhor e uma moça que estavam na mesma fileira de poltronas que eu. Conversamos sobre coisas gerais e, como em todo inicio de conversa, descobrimos alguns aspectos comuns a todos nós (o fato de todos trabalharem em algum ramo do segmento cooperativo, por exemplo). A conversa foi ótima, trocamos contatos e falamos sobre algumas questões muito interessantes, mas o que realmente me chamou a atenção foi uma frase dita pelo Marcão, que desvendava com uma tranqüilidade absurda, um dilema que vivo atualmente. Não resisti e falei aos dois "Estou vivendo exatamente esta situação. Até já tinha uma conclusão encaminhada, mas esta conversa me deu ainda mais certeza sobre o que estou fazendo.". De uns tempos pra cá, venho dando muita atenção a este tipo de sinal que a vida nos oferece, quando sem mais nem menos, um estranho lhe sugere a solução para uma questão que lhe ocorre há meses. Conversamos por mais alguns instantes e agradeci aos dois pelo encontro.

De que mais é feita a vida, senão de encontros e desencontros?

domingo, 15 de abril de 2012

Por que?



Taguatinga (ainda sinto minhas pernas) - No ano passado, voltei a praticar esportes de forma regular e orientada (algo que nunca deveria ter deixado de fazer). Este fato já foi assunto aqui e aqui no blog e tenho até um álbum com fotos destas "peripécias" no Facebook. Desde então, muita gente já me perguntou: "Por que você corre?". Foram tantas respostas diferentes, que nem sei tudo que já foi usado como argumento para a prática deste maravilhoso esporte que tem trazido diversos benefícios à minha vida. Mas hoje, tive que responder esta pergunta à mim mesmo, quando percorria o 5º. de um total de 10Km na Fila Night Run.

Depois de ficar um pouco mais de um mês sem qualquer atividade física (prioridades, prioridades...), sofri muito para completar algo que me era corriqueiro há dois meses. E minha preocupação enquanto questionava o que estava fazendo ali, era que, como já estava no meio do percurso, não tinha mais como desistir, uma vez que não havia atalho para voltar à estrutura da prova (nem me passou pela cabeça chamar um taxi, o que vou considerar na próxima vez que estiver em semelhante situação). Meu corpo deu sinais de que não estava gostando de ser desafiado sem o devido preparo e por duas vezes quase tive que parar e caminhar. A cabeça venceu o duelo e não foi necessário. Cheguei ao fim da prova, mas acho que o tempo gasto foi meu recorde negativo.

Não estou incentivando ninguém a sair correndo sem treinar. Muita calma nesta hora... Até porque foi realmente muito desagradável (e nem quero pensar em como vou estar amanhã). A reflexão que me veio nisto tudo foi: em determinados momentos, a força extra que precisamos para superar os obstáculos está exatamente no que originou tudo, no porquê de estarmos naquela situação. Se todo o esforço, sofrimento, negação e espera para alcançar algum objetivo não fizerem sentido, ficaremos pelo meio do caminho. E algumas vezes, ficar pelo caminho pode implicar em ter que fazer o percurso de volta, o que pode ser mais doloroso ainda!

Esta é a mensagem que eu gostaria deixar: "Quando precisar do gás extra, busque o porquê.".

Ah, já ia esquecendo-me... Por que eu corro? Bem, eu corro para experimentar novamente do sentimento que tive na primeira vez que cruzei um pórtico de chegada. A cada corrida que completo, a cada novo desafio, a sensação é exatamente a mesma. E é tão boa, que me faz repetir, repetir, repetir...

quarta-feira, 28 de março de 2012

Suas Lindas - Fernanda Venturini

Taguatinga (que água é essa?) - Mais uma "sua linda" de longa data, uma das maiores jogadoras de voleibol que o Brasil já conheceu (para mim, a maior), a gatíssima Fernanda Venturini.



Meu "lance" com Fernanda começou na década de 90, quando ela comandou a seleção brasileira em grandes campanhas em Olimpíadas e Grand Prix (equivalente à Liga Mundial, no masculino). Imaginava que Fernanda havia parado de jogar em 2004 depois de toda aquela polêmica com José Roberto Guimarães na campanha da olimpíada (foi nesta mesmo né?).



Eis que hoje, ligo a televisão e deparo-me com "Ela" comandando a vitória do Rio de Janeiro sobre o Vôlei Futuro pela Superliga Feminina de Vôlei. Inicialmente, pensei que estava fazendo algum tipo de confusão. Felizmente, não estava! Para a minha felicidade surpresa, Fernanda continua gostosa belíssima, esbanjando charme e, acreditem, jogando muito bem! Não é elegante ficar falando sobre a idade de uma mulher, mas acredito que ela já passou dos 40... Que água ela bebe?


Lembro-me que na minha adolescência, a garotada toda babava por Fernanda, que para o nosso desespero, nunca aceitou o convite para posar na Playboy... Pô nesta mesma época, a revista estampou atletas como Ida, Hortência, entre outras, mas nunca conseguiu seduzir uma das mais belas!?!?!? Tem que ver isso aí...


Obs.: Só para dar uma noção, Fernanda acaba de ser eleita a melhor jogadora em quadra...

segunda-feira, 12 de março de 2012

All in (2)

Brasília (ainda sob efeitos do jet lag) - Não sei se muitos aqui vão lembrar, mas há algum tempo, postei aqui um breve comentário sobre a nova tendência - que está, cada vez mais, tornando-se uma realidade - a tal Cloud Computing.

O fato é que Steve Wozniak (Woz), tema do último post, endossou minhas palavras "putting data in the cloud is like money in your bank versus under your bed", - "colocar dados numa nuvem é como ter dinheiro em um banco versus ter dinheiro em baixo da cama" - além de mencionar outros problemas inerentes à esta nova/antiga tendência. A diferença é que ele mencionou o banco como uma entidade que nos oferece segurança e eu, como uma figura que utiliza nossos depósitos para fazer rendimentos em seu próprio favor. Os dois pensamentos estão corretos. É uma questão de ponto de vista.

Com mais esta opinião em comum, virei fã de Woz.

Recomendo que vejam a entrevista completa abaixo. Woz começa a falar por volta de 00:57:23 e ponto que ressaltei acima, ocorre em 01:45:00.


Watch live streaming video from ibmsoftware at livestream.com

All in


Brasília (arroz e feijão, meus queridos!) - Na última semana, estive em Las Vegas, participando de uma conferência mundial promovida pela IBM - o IBM Pulse 2012. O evento foi sensacional, contando com uma infinidade de palestras interessantes (às vezes coincidindo horário), pessoas influentes externando seu ponto de vista sobre alguns assuntos atuais e sobre os próximos passos, atrações intercalando as sessões diárias de abertura e muito conhecimento adquirido. Dentre toda esta enxurrada de informações, gente interessante, experiências e uma pitada de glamour, uma atração em especial me chamou mais a atenção: Steve Wozniak, ou apenas Woz.

Woz, entre outras coisas (leiam mais no link), foi co-fundador da Apple junto com Steve Jobs e inventor de tecnologias fundamentais ao que conhecemos por microcomputador hoje em dia. Senti-me particularmente emocionado e deixei escapar uma lágrima, quando Woz falou sobre o início de sua trajetória e de sua motivação para inventar e inovar, que veio da vontade de construir jogos para seus amigos, tanto que algumas invenções revolucionárias foram, sem qualquer malícia, compartilhadas  de forma gratuita com Steve Jobs e com Bill Gates, dois dos homens de negócios mais bem sucedidos que a Tecnologia da Informação (TI) já conheceu e que, na época, faziam parte do seu clube de nerds programadores.


Recordei-me de que eu, quando comecei a escrever meus primeiros programas, em 1994, na linguagem BASIC (a mesma usada por Woz para escrever muita coisa legal), era movido pelo mesmo sentimento. Escrevi corridas de cavalo, forcas, jogos de memória e até mesmo um RPG, que me consumiu muito tempo (coisa de alguns meses). O êxtase acontecia quando conseguia reunir um ou mais amigos para jogar comigo. Naquela época já existiam alguns videogames fantásticos, como o Mega Drive e o Super Nintendo, mas a galera me dava uma moral...

Não vou me alongar no post, que a seguir esta linha, tem chances de ficar enorme (de verdade). Mas a mensagem que eu gostaria de compartilhar aqui é: Woz inventou e inovou. Seu principal combustível foi o amor ao que fazia e à quem fazia. É isso pessoal, para mudarmos o mundo não é preciso muito mais do que criatividade, amor ao próximo e, claro, trabalho duro.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Gostei

Taguatinga (medo é sinônimo de respeito?) - Esqueçam aquela baboseira que postei aqui outro dia. Podem riscar qualquer um dos três (ou todos eles) e colocar o mais novo clipe do Red Hot Chili Peppers no lugar. Desta vez, eles se superaram.



A cada dia que passa, gosto mais deste novo CD que me pareceu "diferente" à primeira vista!

domingo, 29 de janeiro de 2012

Precisamos de heróis

Taguatinga (orgulho do papai) - O texto que irei reproduzir a seguir foi escrito pelo meu cunhado, Paulo Gentil, após um domingo em família aqui em casa. Naquele dia, uma atitude do meu filho, Caio, nos fez refletir e repensar alguns aspectos de nosso comportamento ante ao próximo. Quem ainda acha que as crianças não tem algo a nos ensinar, não convive com uma ou não está prestando a devida atenção.


"Precisamos de Heróis

por Paulo Gentil, segunda, 19 de Dezembro de 2011

Hoje eu fiz o meu programa preferido: passar o dia com minha família. Esse programa ganhou um sabor especial quando, no dia 01 de maio de 2008, nasceram os gêmeos Caio e Bia. Crianças mudam tudo! E esses dois mudaram mais ainda nossas vidas! É incrível o quanto podemos aprender com as crianças. No churrasco de hoje, o pequeno Caio me fez refletir e a conclusão que cheguei foi o título desse texto: precisamos de heróis! 

Estávamos brincando no quintal e, de repente, o pequenino correu para dentro de casa sem falar nada. Como ele demorou, eu entrei  para procurá-lo, preocupado, e me deparei com meu sobrinho vestindo uma camisa do Brasil. Ele me olhou com um sorrisão e gritou: "olha Dindo, igual a você!".  Eu olhei para baixo e lembrei que eu estava vestindo uma camisa do Brasil. O coração amoleceu na hora e me deu um nó na garganta. Então a Bia chegou e disse que também queria ficar igual ao Dindo! Que tio coruja não se derreteria ali? Prontamente, fui buscar outra camisa do Brasil, mas não havia! Falei com minha irmã, ela procurou... e nada. Ficamos em um dilema, pois não sabíamos como agir. Duas crianças e uma camisa. E agora? De repente, o Caio, com seus 3 anos, tira a camisa e fala "olha, Bia, essa é para você, eu guardei para te dar". Depois de entregar, ele olhou para baixo, meio triste por estar sem a camisa e em seguida agiu como se nada tivesse acontecido.

Entendamos umas coisas. A Bia não pediu para ele dar a camisa, a Bia não chegou a chorar, nós não sugerimos nada. Ele simplesmente tomou a iniciativa de dar a camisa para a irmã, pois não queria que ela ficasse triste e, mais ainda, fingiu que aquilo não era nada demais, fingiu que estava vestindo para guardar para a irmã! Tenho que confessar que aquilo me deu um nó na garganta quase impossível de desatar. Naquele momento, a camisa do Brasil era o foco da atenção de todos nós, ela era a coisa mais importante na situação. E uma criança de apenas 3 anos abriu mão daquilo pela irmã, espontaneamente , e ainda se preocupou em dissimular a bondade.

O que é um herói? De maneira simplificada, eu defino herói como alguém que faz o bem, independente das conseqüências. É como naquela cena clássica do filme com alguém sacrificando a própria vida para salvar a do próximo. Sentados em nosso sofá, ficamos orgulhosos da ação, mas ao mesmo tempo tristes pela morte do personagem, questionando por que ele fez isso. A resposta é: ele fez isso porque não agüentaria sua própria consciência se houvesse agido diferente. Ele não fez para obter retorno algum, pois sua vida terrena acabou ali mesmo! Ele fez o bem, porque é o que ele achava certo e ponto! 

Mas há também os que pensem diferente. Os que acham que o político honesto é ingênuo, que o administrador que se preocupa com o bem-estar de seus funcionários é fraco, que o motorista que cede a vez é sonso, que o comprador que recebe troco a mais e devolve ao caixa é otário, que a pessoa que se recusa a enganar o próximo é tola... bem, desde criança a gente sabe como chamar essas pessoas. Eles sãos os vilões! Vilões são os caras que se preocupam apenas com eles mesmos, em realizar suas vontades, mesmo que isso sacrifique o próximo! Nós nunca gostamos deles e não precisamos deles. 

Precisamos de heróis! Precisamos de pessoas que ouçam sua consciência. Que não calem a agonia que surge diante do mal-estar do próximo. Que aproximem suas atitudes do seu discurso. Que valorizem o sorriso interior depois de uma boa ação. Que acreditem que não há dinheiro que pague a leveza da cabeça no travesseiro. Mas não precisamos deles apenas quando um meteoro se aproxima da terra, quando forças malignas tentam dominar o Mundo ou quando terroristas estão prestes a destruir nossa cidade! Precisamos deles o tempo todo. Quando alguém incapacitado quer atravessar a rua, quando uma grávida tenta equilibrar a criança e suas compras, quando um idoso quer um ouvido para contar a mesma história pela enésima vez, quando uma pessoa está passando mal na rua e precisa de atenção, quando seu amigo está carente, quando alguém precisa de um sorriso e, por que não, quando sua irmãzinha quer vestir uma camisa do Brasil! 

É por isso que o Caio me deu uma lição de vida hoje. Quando éramos crianças, todos nós vibrávamos ao ver nossos heróis fazendo o bem. Nós queríamos ser iguais a eles. Queríamos salvar o Mundo. Quando somos crianças estamos genuinamente perto do Bem. Não pensamos em dinheiro, temos sonhos legais, sonhos verdadeiros, sonhos genuinamente bons! Agora, por que esquecemos disso quando crescemos? Em que momento da nossa vida, passamos a acreditar que não vale a pena sermos heróis? Por que fingirmos não ouvir aquela voz que nos diz claramente o que é bom e o que mau? Todo Mundo ama os heróis, em qualquer idade! Então por que agimos como vilões quando crescemos?

Quanto ao Caio? Quando eu e meu cunhado conversamos, concordamos que esse menino é especial e precisamos estimular isso. Eu acho que, mais importante do que descobrir e estimular habilidades intelectuais, desportivas, artísticas, etc, é descobrir e estimular o exercício do bem...  Mas nem todos valorizam isso, e surgiu um medo: medo que o Mundo obrigue o Caio a mudar. O que eu penso? Eu espero que isso não aconteça, eu espero o contrário. Eu espero que os heróis, como o pequeno Caio, mudem o Mundo. E, quanto a mim, se for preciso brigar contra o "Mundo" para manter o Caio assim, pode ter certeza que ele terá o Dindo como aliado! Até porque, sinceramente, eu também quero ser herói. Quem sabe eu ainda consigo?! Nem que seja como auxiliar do meu sobrinho!"

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Esquadrão Flunimed

Taguatinga (Pré Libertadores? Tô fora!) - Amigos, este ano o Flu se superou. Nunca vi tantos nomes de tanta qualidade juntos no Tricolor. Em anos anteriores, como 2008, 2005 ou 2002,  o Flu montou times que tinham "nome" mas que alguns jogadores já estavam na descendente, em fim de carreira. Desta vez, não! Das principais estrelas do elenco, apenas Deco está acima dos 30 anos. O que nos deixa muito esperançosos para a temporada que está por vir.



Cético, tenho a opinião de que no segundo semestre não teremos tanta fartura assim. Deco tem contrato até junho/julho; Rafael Sóbis e Lanzini, idem. Diguinho, Carlinhos, Wellington Nem e Martinuccio são jogadores bem vistos no mercado e podem ter propostas para sair. Enfim, acredito que o time pode jogar muito bem, até porque o comandante tem muita habilidade para lidar com grandes estrelas, sem deixar que as vaidades tomem conta do ambiente. Basta lembrar da campanha do ano passado: antes da chegada de Abel, alguns jogadores falavam sobre a sua insatisfação abertamente na imprensa. Após sua chegada, tivemos apenas o caso de Araújo que, aparentemente, "baixou o facho".


A principal lamentação fica por conta da escassez de bons nomes para a zaga. A impressão de todos é que falta um nome de peso para este setor, que é vital, diga-se de passagem. Ano passado, tivéssemos um setor defensivo melhor organizado, seríamos campeões novamente. Mas o desequilíbrio foi tanto que figuramos ao mesmo tempo entre os melhores ataques e entre as piores defesas.


Um parêntese sobre a questão da Unimed, que já foi alvo de crítica aqui no blog. A parceria parece estar, finalmente, caminhando para o ponto ideal. A atual gestão do clube, diferentemente da anterior, não se submete a mandos e desmandos de Celso Barros e a Unimed continua investindo em nomes que "dão ibope", como sempre foi sua preferência. Toda a repercussão da contratação de Thiago Neves, mostrando a força e o poder ($$) da empresa, o repatriamento de Fred e Deco (ainda na gestão passada), a contratação de Rafael Sóbis, Wagner e Matinuccio, todos ótimos jogadores e, de certa forma, jogadores "de nome", prova que a parceria pode atender as expectativas de ambos os lados e ainda pode trazer resultados esportivos incríveis. 

Pelo menos é esta a expectativa que fica para a temporada. Celso e Peter fizeram sua parte. Agora, Abel, a bola é sua!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O que te move?


Taguatinga (gol do Barcelona...) - Sempre realizei diversas atividades de forma paralela. E a palavra "diversa" foi escolhida de forma proposital, já que muitas vezes as atividades nada tem a ver entre si. Atualmente, por exemplo, mantenho minha atividade profissional de Analista de Sistemas, toco bateria, corro diversas provas de rua, eventualmente jogo futebol, estou flertando com o triathlon e, principalmente, crio meus gêmeos. É muita coisa, mas acreditem, já vivi momentos mais movimentados.

Não sei como ou quando isto começou, mas sei que nas minhas memórias mais remotas, sempre me interessei por quase tudo à minha volta: esportes (principalmente), música, ciência/tecnologia e etc. Apesar de não ser um adepto às "ciências humanas", por assim dizer, já tive pequenas histórias com este outro lado também. O principal nisto tudo, é que eu nunca paro. Sempre estou aprendendo algo novo, sempre estou me metendo em novos desafios, sempre estou fora da chamada "zona de conforto". E isto me agrada. Sempre me agradou.

Toda esta gana pela "diversidade" infelizmente tem seus aspectos negativos... Uma coisa da qual tenho absoluta consciência, é que dificilmente aprofundo-me nos assuntos tanto quanto poderia. Na maioria das vezes, vou até certo ponto e parto para o próximo desafio (ou para o próximo assunto). Mas, via de regra, entrego-me integralmente ao que estou fazendo no momento. Esta é uma das poucas características que, em minha opinião, vão de encontro à descrição do esteriótipo do meu signo no Zodíaco (gêmeos): a curiosidade.

Não sei definir ao certo quando/como tive a exata consciência de que eu era assim, mas certamente foi um divisor de águas. Vejo diversos pontos positivos em saber como/porque faço determinadas coisas e quais os aspectos envolvidos, sejam eles positivos ou negativos. Acredito verdadeiramente que o autoconhecimento é a principal ferramenta na busca por uma vida harmoniosa. Ajuda-nos a saber o que oferecer às pessoas e ao mundo com quem nos relacionamos, além de nos deixar cientes a respeito do que estamos buscando em nossa passagem.

No meu caso, aprender e praticar novas coisas é o que me move. É por isso que eu saio de casa todos os dias. Isto é o que me motiva, é o meu combustível. É para aprender e praticar novas coisas que eu quero estar aqui amanhã dividindo a mesma fração de tempo/espaço com vocês.

E você, o que te move?

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