sexta-feira, 27 de maio de 2011

Porque não estou postando

Taguatinga (...) - Não sei se alguém anda visitando o blog de vez em quando, não sei se alguém leu os últimos posts (que já tem quase um mês) e admito que nem eu tenho entrado muito por aqui. Os motivo da inatividade são muitos: o trabalho está consumindo muito tempo, estou tocando em quatro bandas e estou numa nova empreitada. Trata-se de corridas. Não estou falando em corrida de automóveis, de bicicleta, de autorama ou algo que o valha. É corrida à pé mesmo!

Sempre pratiquei esportes. Os mais diversos: futebol (e muito, em quantidade), vôlei, basquete, handebol, entre outros. E sempre tive gosto por aprender um novo esporte. Daí apareceu o lance da corrida. Um belo dia, o Rafael Sales (ou apenas o "Sekão") postou novas fotos registrando algumas de suas participações em corridas no Facebook. Eu, que vinha correndo sem muita pretensão havia algum tempo, já intimei-o convidei-o a fazer uma prova juntos.


Havia corrido em provas organizadas apenas quando criança, devia ter uns onze ou doze anos. E de repente, um amigo (que já era meu amigo desde aqueles tempos) estava correndo. Que legal! Eis que o Rafael atendeu ao meu chamado e logo depois apareceu a Tamara, que trouxe a Carol e a Jaqueline. Estava formada a equipe Sekão Sports (batizada por mim). Completando a equipe vieram o Wesley (Leleco) e o Galeguinho. Nosso primeiro desafio: Corrida da União Européia, no Eixão Sul.

Meu desafio era correr 5Km. Já havia corrido distâncias até maiores, mas uma prova é diferente. Mais diferente ainda, era o sol forte, já que eu estava acostumado a correr apenas à noite. Nos organizamos e combinamos de ir juntos (em dois grupos) para facilitar a logística e para entrar no clima. As meninas foram pontuais e largaram junto com todo o pelotão. Como nós, os rapazes, chegamos em cima da hora, largamos 10 minutos após a saída do pelotão. A prova foi uma "delícia": largamos forte (e eu não tinha noção nenhuma disso); corri junto com o Rafael por 2Km; fiquei para trás; bebi meio copo d'água aos 2,5Km; quase morri aos 3,5Km; ganhei um gás novo, vindo não sei de onde, aos 4Km; dei um sprint aos  4,5Km; e cheguei. Fiz a prova em 24'53". Exausto, quase sem fôlego, meio tonto e, acima de tudo, feliz.


Após o fim da prova conseguimos reunir todos os corredores da Sekão Sports e ainda encontrei outros amigos: Luciano e Márcia, Carol e Marcelo. Marquei com o Kaká, que acabou inscrevendo-se por meio do meu convite, mas não nos encontramos. Foi um dia de superação, encontros e desencontros. Foi o início de uma de minhas novas atividades: a corrida. Desde então tenho treinado periodicamente. Quando não estou trabalhando até tarde, estou no estúdio com alguma banda ou estou treinando, o que me deixa exausto. Por esta e por outras, não estou postando.

São causas nobres, vai...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Adeus, Sheik


Brasília (não podia deixar de comentar) - Certas pessoas não gostam de aproveitar as chances que a vida lhe oferece. Emerson, hoje ex-jogador do Fluminense foi um destes caras. Tinha a faca e o queijo na mão para ser ídolo do clube que tem a torcida mais apaixonada do país. Trabalhou para isto (diga-se). Porém jogou tudo na lata de lixo. Não na hora em que cantou a música do arquirrival (escreve-se assim mesmo?), mas ao desferir contra o clube em entrevista à Rede Globo. 

Até ali, alguns torcedores ainda defendiam a sua permanência ou contestavam a condução da situação pela diretoria do Flu. Mas a partir daquele momento, Sheik mostrou a sua verdadeira face, seu verdadeiro caráter. Falou mal de companheiros, falou mal do clube, destilou seu veneno contra um dos maiores ídolos atuais e líder do time (Fred) e ainda quis posar como vítima. Ali, naquela desastrosa entrevista, Emerson jogou por água abaixo o que construíra no ano passado.

Emerson, preferia não ter que ver alguém igual a você usando a camisa Tricolor ao rever as imagens do título Brasileiro de 2010. Um título que teve a cara de jogadores como Washington, Conca, Diguinho, Mariano... e que, infelizmente teve como desfecho um gol seu. Você não merecia isto e nós, muito menos. Siga seu caminho, de preferência bem longe das Laranjeiras. Adeus.

O que deu para fazer

Taguatinga (desculpem, desculpem-me) - No último post prometi fazer uma série em homenagem ao aniversário de Brasília. Por diversos motivos a série não saiu. Motivos estes que variaram da simples e singela preguiça até imprevistos cabalísticos. Uma pena, mas às vezes este tipo de coisa acontece na vida: planejamos uma situação, imaginamos mil e uma coisas, projetamos sua realização e no fim, nada. Zero. Foi este o caso.

Para não perder totalmente o bonde, usarei o material que tenho em mãos e uma parte das idéias que tinha em mente em um único post. Ainda não sei o tamanho que vai ficar e nem se vai fazer algum sentido, mas aí via a tentativa.

Brasilienses, em geral, estão acostumados a percorrer o que seriam grandes percursos em outras regiões do país, em um único dia ou em uma única "ida". Eu, por exemplo, percorro dezessete kilômetros todos os dias para ir ao trabalho. Ida e volta totalizam aproximadamente trinta e cinco kilômetros. Em algumas regiões do Brasil,  o que é corriqueiro em Brasília, seria considerado uma viagem. Falei sobre esta particularidade para chegar numa outra situação que apesar de corriqueira para nós, é uma raridade em outros lugares: os monumentos. Em Brasília, há monumentos para todos os lados: palácios, estátuas, memoriais e etc. E em nossas "viagens" rotineiras, às vezes não nos damos conta de quão bonita é a nossa cidade.

Outro dia, registrei com a câmera do meu celular, meu trajeto entre a academia e o trabalho, na hora do almoço, uma parte da cidade que eu conheço desde sempre.


Memorial JK - Não sei muito sobre este lugar. Trata-se de um museu/mausoléu dedicado à Juscelino Kubistchek. Entrei lá uma vez, quando tinha oito anos (acho). Foi numa visita de alguns familiares à Brasília. Ao que me lembro, há alguns objetos interessantes lá dentro: uma caneta usada por Juscelino enquanto presidente do Brasil (e que foi usada para assinar alguma coisa importante); a espada recebida na posse presidencial; e o carro em que JK sofreu o acidente que resultou em sua morte (estranho isso). Mas o que mais me marca neste monumento é que, quando eu era criança, ao passar pelo prédio dizia para minha mãe: "Olha, mãe: o moço tá dando tchau para nós!" e, de dentro do ônibus, na mais autêntica espontaneidade infantil, dava tchau para o "moço". Hoje em dia, não dou mais tchau para o moço, mas ele continua lá, dando tchau para todos que passam pelo eixo monumental.


Torre de TV - Apesar do nome, sinceramente, não sei a Torre de TV funciona realmente como uma "torre de TV". Para mim, as duas principais funções da Torre são: o mirante (que não sei se está funcionando) e a feira, que funciona a pleno vapor seis dias por semana. Antigamente também havia um restaurante num piso abaixo do mirante. Nunca fui lá, mas acredito que tratava-se de um bom restaurante. A feira da torre é um espetáculo à parte: muito artesanato, bordados, comidas nordestinas (ótimas), pipas, brinquedos, móveis de marcenaria e uma infinidade de coisas. Para muitos, "ir à feira da Torre" é um programa dominical.


Estádio Mané Garrincha - Já vi alguns jogos no Mané Garrincha. Alguns, não. Muitos. Foi neste estádio que vi meu primeiro jogo "in loco". Foi um jogo de masters entre Brasil x França. Terminou em 8 x 1 para o Brasil, salvo engano. O time contava com Rivelino, Paulo Victor, Edu Bala e outros craques. Quase não dormi neste dia. Ver ao vivo a mesma Seleção que passava aos domingos na TV Bandeirantes foi a realização de um sonho. O Mané já está em reforma para sediar a Copa 2014. Sempre quis jogar neste estádio mas nunca rolou.


Conjunto Nacional - Trata-se do shopping mais antigo da cidade. E do mais movimentado também, dada a proximidade com a rodoviária de Brasília. O Conjunto Nacional é um verdadeiro guerreiro. Já passou por diversas mudanças para adaptar-se às novas tendências de mercado e continua firme e forte. Houve um tempo em que estagiava numa empresa que ficava próxima e almoçava ali todos os dias. Nesta época, eu sabia a localização de todas as lojas do Conjunto (como é conhecido). Conhecia até alguns vendedores e atendentes de lanchonetes e restaurantes. Foi no Conjunto que comi no Mc Donald's pela primeira vez (naquela promoção da música do Big Mac); assisti meu último filme dos trapalhões: Os Trabalhões na Terra dos Monstros; dei o primeiro "perdido" na minha mãe, aos quatro ou cinco anos, junto com o Tio Pedro; dei meu primeiro passeio no dia que comprei meu primeiro carro; tirei meu CPF; enfim, foi onde fiz uma infinidade de coisas.

Todos estes pontos que citei são apenas parte do que temos aqui em Brasília. Lugares pelos quais passamos quase todos os dias, mas que muitas vezes não nos damos conta de tanta beleza e tantas histórias carregam. Às vezes, me lembro do quanto nossa cidade é bonita. Normalmente, preciso de uma visita de pessoas de fora ou de uma viagem para outra cidade para isso. Produzir este post também me fez relembrar algumas passagens importantes sobre a cidade e sobre mim mesmo. A idéia inicial era fazer algo muito maior do que isto, comentar a lógica dos endereços, falar sobre as gírias e costumes e etc. Não era esta a série que eu pretendia, mas foi o que deu para fazer.

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