terça-feira, 29 de junho de 2010

Meu primeiro Blu-ray

Taguatinga (últimos detalhes para a viagem) - Em novembro do ano passado, meu cunhado e amigo (não necessariamente nesta ordem), o Paulinho, foi aos EUA. Da mesma maneira que quase todos que conheço agem, quando um alguém próximo vai ao exterior, a primeira coisa que me veio à cabeça, quando ele comentou sobre sua viagem foi: o que eu posso/devo encomendar? 

Pensamento instantâneo: um PLAYSTATION 3 (daqui para frente, apenas PS3). Após ponderar sobre o que eu realmente precisava e sobre o custo benefício das compras no exterior, cheguei à conclusão de que o melhor seria investir no meu kit de bateria. Pensei então, em comprar alguns pratos, que sairiam por aproximadamente um terço do preço em lojas aqui no Brasil. O problema, além do desconhecimento do assunto e dos produtos, era obrigar o Paulinho a ir à uma loja de música só por minha causa. Então tentei efetuar a compra via internet e solicitar a entrega no hotel em que ele estava hospedado, porém não obtive sucesso. Daí, desisti dos equipamentos da bateria (momentaneamente).

Quem voltou à pauta? O PS3. Convenci várias pessoas, inclusive eu mesmo de que comprar o PS3 não seria apenas adquirir um console de videogame. "O PS3 tem várias funções. Ele atua, inclusive, como Blu-ray player, blá blá blá,,," - era o meu discurso enquanto esperava o brinquedo chegar. No dia em que chegaram o Paulinho e a minha encomenda, saí desembestado para comprar alguma coisa que rodasse no PS3, a fim de começar a usá-lo. Dou uma chance para acertarem o que comprei? Um jogo, o Pro Evolution Soccer 2009 (ou Winning Eleven 2009), um jogo de futebol, é claro.

Passados quase um ano, não fiz novas aquisições para o PS3 e pouco utilizei-o (confesso). Para mim, é extremamente difícil pagar R$ 200,00 num jogo - e devia ter pensado nisso antes, eu sei - ou R$ 100,00 num show - e vale a pena dizer que adoro comprar shows. Tenho mais de 100 DVDs e mais da metade são shows.

Eis que hoje, estava dando uma volta na Fnac e resolvi visitar a seção de títulos em Blu-ray, em busca de alguma promoção interessante. E encontrei. O disco é: The Rolling Stones - Shine a Light. Peço desculpas pelo termo, mas é um PUTA show. Tenho os CDs no meu iPhone e sempre que posso, escuto alguns clássicos dos Stones tocados ao vivo, com arranjos atuais. Paguei a bagatela de R$ 49,00 por esta grandiosa obra que ainda conta com a direção de Martin Scorsese. 


Uma grande aquisição, sem dúvidas. Provavelmente só o assistirei depois que voltar de viagem. A primeira reprodução desde disco será um verdadeiro evento: ligarei o PS3 no meu Home Theater via cabo ótico, prepararei uma dose de whisky 12 anos e certamente chamarei alguém para vê-lo comigo (provavelmente a Cris). Afinal de contas, estrearei uma das funções que eu julgava ser uma das principais do meu PS3, quase seis meses após sua aquisição. E nem sei quando terei coragem de comprar outro título em Blu-ray, que custam em média R$ 100,00.

A curiosidade da situação é a sua recorrência no mundo capitalista: cria-se uma necessidade para consumir. Comprei o equipamento, jurando que ele me seria extremamente útil, quase que necessário. E apenas hoje, mais de seis meses depois de sua aquisição vou começar a explorar seus recursos. Tenho certeza de que muita gente já passou por situação semelhante. Às vezes me pergunto se deveria ter insistido nos equipamentos de bateria, se deveria ter encomendado um novo celular ou um notebook, coisas que fazem parte do meu cotidiano mais naturalmente e nunca chego a alguma conclusão. Já comprei o PS3 mesmo, então agora é curtir.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Mais um Brasil x Holanda

Taguatinga (de férias) - Bom pessoal, após um jogo tranquilo contra o Chile, o Brasil classificou-se para as quartas de final da Copa 2010. O adversário? A Holanda. A mesma Holanda que o Brasil enfrentou nas quartas de final em 1994 (EUA) e nas semifinais em 1998 (França). Ambos os jogos foram sofridos, apertados e, certamente por este motivo, estão na memória da maioria dos os assistiram. Inclusive na minha.

Desde que desenhou-se a possibilidade deste confronto, após o sorteio que formou os grupos para a Copa, ouço comentários comparando o, então possível, confronto aos anteriores. Eu também fazia esta comparação, mas hoje, quatro jogos depois, penso que este confronto não estará ao mesmo nível dos anteriores. O motivo? A disparidade entre os dois times é muito maior desta vez.

Em 1994, o time do Brasil tinha uma defesa sólida, um meio campo sem sal e um ataque pra lá de perigoso. O time da Holanda era muito bom, porém jovem. Jogadores como Bergkamp, Seedorf e Overmars estavam em sua primeira copa (salvo engano) e a Holanda caiu na armadilha do Brasil, que, compacto, diminuiu o espaço entre os setores e fez dois gols em ligação direta entre defesa e ataque.

Em 1998, os times eram equivalentes. A Seleção havia sido renovada e contava com alguns remanescentes, entre eles: Taffarel, Aldair, Cafu, Dunga e Bebeto. O escrete holandês manteve a base anterior e foi devidamente "apimentado" com a entrada de Kluyvert, Van Der Sar e Davids, entre outros. O jogo foi igual. Tão igual que foi para os pênaltis. E deu Brasil, que contava com um dos maiores goleiros que já vestiram a camisa 1 de nossa Seleção: Cláudio Taffarel.

Desta vez, o time da Holanda conta com alguns nomes que tem certo valor, individualmente falando. Porém, enquanto time não encanta. Nem mesmo convence. Quem assistiu aos seus jogos nesta copa, certamente viu um time que em todas as vitórias contou com o fator "circunstância". Fez um gol antes de seu adversário, enquanto este era até melhor, fechou-se e demonstrou grande dificuldade de chegar ao ataque. Nas oitavas, tivesse a Eslovaquia jogado como o fez contra a Itália (R.I.P.), o placar poderia ser desfavorável à laranja mecânica. Já a Seleção, vem numa crescente, demonstra que tem equilíbrio, com uma sólida defesa, um meio campo coeso e um ataque muito eficiente. Fez, nas oitavas de final, o que se faz um favorito: aniquilou seu adversário sem dar chances (tal qual haviam feito Alemanha e Argentina, um dia antes).

Portanto, para o confronto que veremos nestas quartas de final, entre Brasil e Holanda, não espero, sinceramente, um desfecho como nos anteriores citados acima. É claro que o futebol proporciona situações ímpares e inusitadas (e por isso é o FUTEBOL) e algumas vezes o inesperado pode acontecer. Porém acredito em mais uma vitória brasileira (com autoridade).

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Quando a Mãozinha é do Lado de Cá

Brasília (de férias amanhã, ufa!) - No último jogo do Brasil na copa, pudemos ver um belíssimo gol marcado por Luís Fabiano. Belíssimo, porém irregular, já que a bola foi “ajeitada” usando a mão ou o braço, por duas vezes. No futebol, os erros de arbitragem são recorrentes e normalmente geram chiadeira (ou choradeira). Mas apenas quando é contra o lado de cá.

Salvo meia dúzia de jornalistas sérios, a grande maioria da mídia brasileira comentou o lance de forma tímida e desceu a bordoada no árbitro pelo erro na expulsão do Kaká. Em minha opinião, o erro no gol foi muito mais grosseiro. A bola é ajeitada irregularmente duas vezes e sua visão do lance era ampla. No lance do Kaká, concordo que houve um equívoco, porém era um lance que permitia mais interpretação do que o primeiro. Na Argentina, país campeão mundial em 1986 e que classificou-se para aquela final graças a um gol irregular (marcado com a mão), o lance de Luís Fabiano foi capa em jornais de grande circulação. Ou seja, lá também é válido o pensamento de que: errar para o lado de lá não pode, mas se for para o lado de cá, o erro faz parte do jogo. Isso sem falar na forma como a França classificou-se para a copa...


Há algum tempo, decidi parar de chorar ou de reclamar pelos erros de arbitragem por um simples motivo: um dia eles acontecem contra, outro dia a favor (salvo para alguns times de massa, que supostamente contam com fortes esquemas políticos nos bastidores). No campeonato Brasileiro de 2008 vi alguns estudos sobre os pontos ganhos e perdidos pelos erros capitais de arbitragem e em todo o campeonato, apenas dois times mudariam sua posição na tabela. É claro que isto é subjetivo tendo em vista as diversas variáveis envolvidas. Mas o cálculo ao fim do campeonato mostrava que a balança estava equilibrada.

A reflexão que proponho é: Quando veremos um jogador admitir uma irregularidade, que o arbitro não tenha percebido, espontaneamente? Quando os jogadores deixarão de simular agressões e situações do gênero? Quando é que ganhar de forma limpa será mais importante do que ganhar de qualquer forma?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Lista - 5 jogos memoráveis que vi em Copas



Taguatinga (já vou dormir) - Seguindo o assunto da moda, mais uma lista à caminho. Jogos memoráveis que eu vi em copas. Estou acompanhando a minha sexta copa do mundo (entendendo alguma coisa) e vou elencar os jogos que ficaram guardados em minha memória por um motivo ou por outro. É claro que as finais acabam sendo muito marcantes, mas sem dúvida, vi jogos muito interessantes em todas as fases. Lá vai:

1. Brasil 2 x 0 Alemanha (2002) - Um jogo fantástico. Um pouco tenso no início, mas sem sombra de dúvidas umas das melhores apresentações que vi o Brasil fazer em Copas. Vi o jogo na casa da vovó. Era um domingo às 8 horas da manhã. Torci muito pelo Ronaldo nesta copa. O cara é um vencedor e merecia muito.

2. Brasil 1 x 1 Holanda (1998) - Sem dúvidas o jogo mais tenso que já vi em copas. Até mais do que a final de 94. Os dois times atacavam bastante e a impressão era que qualquer um poderia ter definido a partida antes de irem para as penalidades. Quantos craques em campo! Ronaldo, Roberto Carlos, Taffarel, Bebeto, Bergkamp, Overmars, Kluivert, Van Der Sar, Seedorf...

3. Brasil 3 x 2 Holanda (1994) - Obrigatório para todos que viram esta copa. Assisti o jogo na casa da Tia Daisy. O golaço do Branco teve um sabor especial pois ele jogava no Flu quando foi convocado. Salvo engano, foi o último jogador do Flu a participar de uma copa (triste isso).

4. Itália 1 x 1 Argentina (1990) - Outro jogão! Itália jogando em casa e dois dos principais nomes daquela copa (que eram reservas no início) em campo: Goycochea e "Totó" Schillaci. Assisti este jogo sozinho na casa da vovó. Como era criança e estudava pela manhã, passava as tardes assistindo televisão. Curioso foi que nesta copa o Tio Pedro me deu os botões dos times da Itália e da Argentina. Enquanto o jogo acontecia, eu posicionei meus botões e também fiz a minha própria partida.

5. Argentina 1 x 1 Suécia (2002) - Acordei às duas da manhã para ver este jogo. Era o tudo ou nada para os hermanos. A Suécia estava tranquila pois o empate lhe favorecia. O jogo em si, foi mais ou menos. Foi marcante ver um time com tantos craques sendo eliminado ainda na primeira fase. Para mim, o maior erro da Argentina nesta copa foi não jogar com a bola no pé, como eles sabem fazer muito bem. Tentaram um jogo à la Inglaterra e se deram mal. Vale ressaltar que o grupo era o chamado grupo da morte: Argentina, Inglaterra, Suécia e Nigéria (só gente grande), Ah, também foi legal ver Batistuta, Crespo e Simeone chorando ao fim do jogo. "Don't cry for me Argentina".

Minha lista só tem jogão e a sua?

terça-feira, 15 de junho de 2010

A Copa 2010 começou


Taguatinga (não é domingo, mas parece) - Hoje a copa 2010 começou para nós, brasileiros, não adianta falar que já rolaram vários jogos, que dois ou três foram interessantes e etc. O lance começou mesmo HOJE. O Brasil venceu, como estamos acostumados a ver em estréias, por 2 x 1 a Coréia do Norte (quem!?) e está a uma vitória das oitavas de final. Um fato que tem permeado minhas conversas sobre esta copa e, principalmente sobre a Seleção é a desconfiança do brasileiro com o nosso maior patrimônio.

A seleção do Dunga - e é dele mesmo, não adianta empurrar como "nossa" - não joga um futebol vistoso. Gosto muito mais de ver a desenvoltura e as jogadas tramadas pelo Flu de Muricy, um técnico de verdade. Mas a despeito do que produz, a seleção do Dunga ganha (e o Flu também). Desde criança, quando minha mãe me vestia todo de Brasil para ver a copa do mundo e reuníamos toda a família para assistir os jogos na casa da vovó, sou apaixonado pela camisa amarela. Não lembro, mas já era nascido quando meus tios já marmanjos choraram pela derrota em 82. Quando a Seleção de 86 foi eliminada nos pênaltis contra a França. Acompanhei diversos jogos da copa de 90, sem entender tanto e vi Maradona acabar com nosso sonho em um único lance de gênio. Em 94, já fanático, assisti nada mais nada menos do que TODOS os jogos da copa e vibrei muito com Romário e Bebeto (de quem gostava mais). Em 98 estava meio distante do futebol por causa dos diversos rebaixamentos do Flu, mas acompanhei toda a copa e também fiquei baqueado com o problema do Ronaldo na final e com Zidane acabando com o nosso time. Em 2002, torci muito para que Ronaldo arrebentasse. Passei várias madrugadas em claro assistindo os jogos das seleções que mais me interessavam. Em 2006 tinha grande expectativa pelo futebol apresentado na copa das confederações e, por isso, fiquei muito frustrado com o baixo rendimento e a nova eliminação para a França.



Tenho boas e más recordações de copas do mundo. Acompanhei algumas de muito perto e em outras vi apenas jogos do Brasil. Mas tenho várias recordações, sei de cor praticamente todos os convocados desde 94, sei os jogadores destaque de cada copa, jogos memoráveis, golaços e etc. Nesta copa de 2010, o que mais me preocupa é a frieza da torcida em relação à Seleção. Não há um craque, uma referência (Kaká seria este jogador, se não estivesse machucado). Não há uma história marcante, de superação ou algum show que nos tenha enchido de orgulho. Temos algumas vitórias sem graça sobre rivais tradicionais e alguns títulos sem muita expressão (Copa América e Copa das Confederações). Como todos os brasileiros, estou torcendo pela Seleção. Mas no meu caso, é apenas por ser a Seleção, não porque goste ou acredite na filosofia do treinador ou no que ela mostra em campo. Não adianta falar que isto é futebol moderno, que esta formação é eficiente, que ganhou tudo o que disputou. Nada disso me convence. Nada justifica que os craques tenham ficado de fora.

Meu maior medo, sem dúvidas, é guardar poucas recordações da Copa 2010. Apesar de Dunga não ter percebido, para nós, Brasileiros, ganhar ou perder faz parte. A Seleção de 82 não ganhou mas até hoje é lembrada pela FORMA com que jogou. A de 2006 idem, porém ao inverso. O que incomodou não foi perder para a França, foi a forma como a Seleção atuou. Entregue, preguiçosa, de salto alto. A Seleção não precisa ganhar, precisa nos orgulhar. E nos orgulhar, passa por exibir aos outros países o que temos de melhor: craques. Talvez, o que Dunga vai acabar provando à todos (e ele adora provar) é justamente o oposto do que pretende: Não vale tudo pela vitória.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Lista - Os 3 bateristas em quem me espelho

Brasília (tá esfriando) - Seguindo a idéia das listas polêmicas, apresento a lista dos 3 bateristas que eu gostaria de ser. Nesta lista não há critérios, é apenas uma opção pessoal mesmo. Quando eu falo que estes caras me inspiram, penso não só na musicalidade, mas nos aspectos extra palco também. Pelo menos naquilo que eu consigo perceber em entrevistas, making offs, documentários e etc. Lá vai:

1. Ringo Starr (The Beatles) - Adoro The Beatles. Carrego toda a discografia deles no meu iPhone - e escuto. Ringo é um cara que considero fora de série. Além de seus feitos como baterista em toda a obra do The Beatles, é um cara extremamente carismático e altoastral. Apesar de aparentemente simples, as levadas construídas por ele são extramente criativas e algumas vezes desafiadoras. Todos tem o seu "Beatle favorito" e o meu, nem preciso falar, né?



2. Chad Smith (Red Hot Chilli Peppers, Chikenfoot) - O Red Hot é, sem sombra de dúvidas, minha banda contemporânea favorita. Toda a banda é absurdamente boa. Flea (contrabaixo), Frusciante (guitarra, apesar de ter saído) e Kieds (vocal) também são mestres no que fazem. É claro que gostar da banda ajuda a ter o baterista como exemplo, mas Chad mostrou que não era mestre somente com sua patotinha. Aventurou-se no Chikenfoot e foi muito bem. Também, tocando com Joe Sartriani... Mas enfim, sempre que tenho a oportunidade de vê-lo tocar, não tenho dúvidas em fazê-lo. Até já me vesti de Chad quando toquei em uma festa à fantasia com a Banduka.



3. João Barone (Paralamas) - Outro monstro. Gosto muito de ver o João tocar. Não sou fã dos Paralamas, gosto de algumas músicas. Algumas. Mas ver o Barone na batera é muito legal até para quem não é baterista. Certamente é um dos melhores do Brasil - para mim, é o melhor. Até adotei a pegada clássica de tanto vê-lo tocar. Acho que tenho 2 DVDs dos Paralamas: Uns Dias e Paralamas & Titãs ao Vivo e, por diversas vezes coloquei um dos dois para rolar antes de sair para tocar - é extremamente inspirador. Outra virtude há que ser dita: é torcerdor do Fluminense. João Barone, assim como eu, é um cara de muitíssimo bom gosto. Tricolor Fanático. João tem uma coisa que desmistifica o tal jargão "menos é mais". Suas viradas e fills são muito criativos e a música não fica sufocada por causa disso.



Mais uma vez, o espaço está aberto para quem quiser fazer sua lista também e nem precisa entender de bateria para isto. Basta indicar os baterista de quem você GOSTA!

iPhone 4


Brasília (morto!) - Esta semana, acompanhei de forma on-line o lançamento do iPhone 4. Steve Jobs apresentou o novo dispositivo (nem dá para chamar de telefone) e discorreu sobre todas as novas "features" do brinquedo. À primeira vista, muitas pessoas não vêem muita utilidade em algumas das novidades. Assim como conheço algumas pessoas crêem que há diferença entre um iPhone e outros aparelhos de telefone celular.

Tenho um iPhone 3G, do qual gosto muito. Já fui integrante do grupo dos que não via diferença entre um iPhone e o meu Nokia E71. Aliás, a grande diferença era o preço, sendo o iPhone muito mais caro. Porém, como sou um geminiano emblemático, sempre nutri certa curiosidade. Sempre que encontrava alguém que possuía um, questionava qual a sua opinião e o porquê. E fui colecionando opinões. Até que, um belo dia, resolvi adquirir meu próprio iPhone e colecionar minhas próprias opiniões. Hoje, passado praticamente um ano, não me imagino vivendo sem o meu. Outro dia, o danado travou e fiquei sem conseguir usá-lo por umas três horas. Foi desesperador. Cheguei a ficar de mau humor, agitado, puto mesmo. Quando descobri como destravá-lo (impressionante como a cada dia descubro algo novo sobre ele) foi uma alegria só, um alívio.

Confesso que também não vi muita graça em algumas novidades do iPhone 4. A coisa que mais gostei foi a possibilidade de realizar video chamadas. Há um ano atrás, eu também não via a razão de ser do iPhone e hoje não vivo sem ele, o que me leva a crer que, certamente, não vi graça nas novidades por ainda não utilizá-las. Assim que colocar as mãos num iPhone 4, tenho certeza de que arranjarei uma utilidade para estas novas "features".

É engraçado essa situação de não ver utilidade num dia e ser totalmente dependente em outro. Será que alguém já questionou qual a utilidade de uma televisão à cores, já que o importante é ver a imagem? Será que alguém já questionou o porque de ter um computador dentro de casa, já que poderia levar uma máquina de calcular no bolso? Será que alguém questionou o porquê de um telefone celular, já que se precisasse fazer uma ligação, sempre teria um telefone fixo (mesmo que público) à disposição?

Acredito que certamente alguém fez todos estes questionamentos. O fato é que quando ainda não se conhece um novo advento, não é tão simples pensar no seu potencial futuro. É lógico que hoje os computadores são muito mais do que uma máquina de calcular, mas quem precisava ler e-mail, acessar internet, produzir conteúdo ou baixar mp3 antes dos PCs invadirem as residências de praticamente todo o mundo? A própria televisão à cores trouxe outra percepção aos telespectadores e sua evolução com a TV Digital e 3D ainda continuam a surpreender.

O fato é que quando um novo advento é lançado, um novo caminho é aberto. Se o caminho vai levar a algum lugar produtivo ou não, é difícil afirmar, até porque houveram várias outras invenções fracassaram também. Como eu gosto de falar para quem pede a minha opinião: "O iPhone não é apenas um telefone celular. Fazer ligações é apenas mais uma de suas features".

Momento Bit - A SOX e a ânsia dos administradores

Ultimamente, presenciamos um grande movimento de empresas investindo em governança corporativa e em aderência à lei americana Sabanes-Oxley (SOX). Nós, da tecnologia da informação, somos afetados diretamente, tendo em vista que algumas das medidas necessitam do suporte da TI para saírem do papel. O grande problema está na ânsia dos administradores que não querem fazer da aderência à SOX um projeto planejado e cuidadosamente articulado (como deve ser). O que vemos é a pressa em obter o selo "empresa aderente à SOX" do dia para a noite e o caos sendo instaurado nos processos internos das organizações.

É importante lembrar que o principal motivador da criação da SOX foi o mercado de capitais norte-americano, que sofreu um grande baque com as fraudes nas demonstrações financeiras de enormes empresas. Porém, o principal foco da SOX não é garantir uma vantagem competitiva aos acionistas e sim garantir controle total sobre os processos administrativos das empresas, garantir números reais e confiáveis a respeito da saúde da empresa como um todo (não apenas a saúde financeira) e garantir que todos os acionistas, independentemente do tamanho de sua participação no capital da empresa, tenham acesso às mesmas informações, entre outros. As exigências da Sarbanes-Oxley, além de garantirem a estabilidade da bolsa de NY e da economia americana como um todo, acabavam por garantir a estabilidade das empresas também. Por este prisma, podemos perceber que governo, sociedade, empresas e, principalmente, investidores são beneficiados.

No Brasil, esta mentalidade está em fase inicial e, por isto, a coisa ainda está um tanto deturpada. Algumas empresas perceberam a real essência das práticas de governança e estão usufruindo de um balanço superavitário há alguns anos, apesar de terem passado por um árduo caminho até um bom nível de maturidade na governança corporativa. Outras empresas viram o sucesso das primeiras e estão tentando remar na mesma direção. O grande perigo é que estas só estão querendo "copiar" os benefícios obtidos e não os processos que as levaram ao sucesso na implantação da governança corporativa. A implantação da governança não deve ser vista apenas como meio de aumentar a liquidez de seu capital. As empresas devem enxergar, também, a oportunidade de crescimento que está por trás disto tudo: otimização de processos internos, racionalização de investimentos, transparência na administração e valorização do capital humano, entre outros.

Como muitas modas já vistas aqui no Brasil, muitas empresas estão remando para uma direção sem saberem ao certo aonde querem chegar. Muitas não sabem os reais benefícios trazidos pela SOX e nem estão interessadas em os aproveitarem. Estão enxergando apenas o benefício imediato: participar do "Novo Mercado" da Bovespa, visando aumentar o valor de suas ações.

É como querer ter um físico de atleta e, para isto, tomar anabolizantes ao invés de fazer ginástica.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Lista - Os melhores que eu vi em Copas


Brasília (polemizando) - Em tempos de copa, não se fala de outra coisa. Aqui no blog não pretendo fazer diferente. E já começo de sola. Farei uma lista dos melhores que vi jogar em copas. A sistemática vai ser bem direta até para dar mais pano para manga, discussão e etc. Indicarei um jogador para cada posição. Isso mesmo, somente um jogador. É cruel, muita gente vai ficar de fora. Algumas pessoas vão me achar doido, injusto, dizer que não sei nada de futebol. Mas o objetivo é este mesmo: polêmica!

A lista:
Goleiro - Zenga (ITA)
Laterais - Jorginho (BRA) e Roberto Carlos (BRA)
Zagueiros - Maldini (ITA) e Gamarra (PAR)
Volantes - Pirlo (ITA) e Dunga (BRA)
Meias - Zidane (FRA) e Stoichkov (BUL)
Ataque - Romário (BRA) e Ronaldo (BRA)

Há muitos brasileiros na minha seleção e não é de se espantar. De 94 para cá o Brasil ganhou duas copas e fez uma final.
Considerei apenas o desempenho dos jogadores em copas. Procurei deixar totalmente de lado o que fizeram em seus clubes.

Comentem, mandem suas listas também!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Sardinha, miojo e tang

Taguatinga (sem sono) - Esta semana, ocorreu uma situação interessante, apesar de recorrente. Recebi um e-mail de um tio, o tio Evan (um dos favoritos), argumentando a outro tio, o tio Pedro (outro dos favoritos - aliás, todos são favoritos), sobre a competência de Dunga como técnico e jogador. Acompanho este tipo de discussão desde que me entendo por gente. Em quase todas as vezes, o tio Valter também está no meio da discussão. Nunca os vi chegar a um consenso. Nunca os vi mudar de opinião (pelo menos de maneira declarada). Nunca os vi reconhecendo que a opinião do outro é interessante e adotando-a dali para frente. Resumindo: são discussões retóricas, sem futuro.

O Tio Valter, por muitas vezes demostra sua poderosa memória. Orgulha-se de lembrar do time da Ponte Preta na semifinal do campeonato paulista de 1974 (é um exemplo, nem sei se a Ponte chegou lá neste ano). Tenho que concordar que para este tipo de coisa, sua memória é fantástica. O tio Pedro vai pelo mesmo caminho também sabe muitas escalações, principalmente de times campeões. Lembra-se dos placares e etc. Mas nunca, NUNCA, os vi convencendo um ao outro ou ao tio Evan.

Acho curioso a voracidade com a qual acontecem estas discussões. E falo de discussões no bom sentido, sem outras consequências. Esta semana o tio Evan viu uma matéria sobre o atual técnico da Costa do Marfim dizendo que para ele, Dunga e Falcão tinham a mesma capacidade dentro de campo. Pronto. O homem cresceu. Como ele não tinha o e-mail do tio Pedro, mandou e-mail para todos os familiares que ele tinha em seu catálogo de endereços, solicitando que alguém transmitisse aquela mensagem ao tio Pedro. Quase ninguém se importou. Certamente por saber que esta discussão, assim com as 98.598 anteriores, não daria em nada. Até que alguém passou a mensagem ao tio Pedro, que respondeu e conforme já esperado por 9 em cada 9: não concordou.

Não me contive e respondi:

"E eu gosto de Sardinha, Miojo e Tang!

Se o Eriksson acha que os dois eram tão bons quanto, é o gosto dele. Ao meu gosto, o Falcão agrada mais, embora concorde com o Tio Pedro a respeito da importância do Dunga jogador.

De qualquer modo, se alguém aí não gostar de sardinha, miojo ou tang. Não serei eu quem irá tentar mudar sua opinião. Cada pessoa tem seus gostos baseados em suas preferências pessoais e experiências pregressas.

O importante é saber respeitar e diferenciar o que é OPINIÃO e o que é VERDADE ABSOLUTA. Não tenho pretensão nenhuma de provar que sardinha com ovo e miojo acompanhados de um belo Tang de limão é um verdadeiro manjar dos deuses. Mas não me importa o que os outros acham. Quando eu experimento aquilo me agrada, me sinto feliz e realizado e é isso que me importa.

Penso que para cada um deveria funcionar igual: deveria ser mais importante sentir-se bem do que sentir-se aceito. Mas isso também é uma questão pessoal.

Continuarei gostando de sardinha, miojo e tang."

Hoje, ao saborear um fantástico Miojo de galinha caipira acompanhado do já manjado Tang de limão, me lembrei de tudo isso. Os gêmeos me acompanharam e eu não precisei falar NADA. Não precisei dizer que uma revista disse que Miojo era um alimento de primeira importância, não precisei alegar que o Tang de limão era muito mais saboroso do que um suco Del Valle por possuir características A ou B. Eles apenas percebem a minha satisfação e me acompanham. Nem sei se eles gostam tanto disso quanto eu, e muito menos se gostarão no futuro. Mas talvez eles tenham ficado curiosos, naquele momento, por experimentar algo que deixa o "papai" satisfeito.

Da mesma maneira, talvez o tio Evan e o tio Pedro não saibam, mas eles não precisam de discussões intermináveis, de fortes argumentos ou de uma wikipedia na memória. O simples fato de serem o que são já nos convence, já nos inspira. Apesar de pensar que falta algum brilho nesta Seleção (como o tio Pedro), torcerei incondicionalmente (como o tio Evan). Tenho certeza que outros primos pensam ou agem da mesma maneira e pelos mesmo motivos. E nem precisou de argumento algum. Tenho absoluta certeza de que não seria tão fanático por futebol se não fossem meus três heróis "cabeças dura" - tios Evan, Pedro e Valter.

Sardinha, Miojo e Tang não faltam aqui em casa.

Momento "Bit"

Brasília (acho que vai chover) - Pessoal, apesar de ter descontinuado meu antigo blog, ainda considero alguns textos úteis e atuais (apesar de tê-los escrito em 2007/2008). Por isso, farei aqui no blog do Corado o "Momento Bit", reeditando alguns textos do Bit da Questão. Como sempre, espero que vocês gostem!

Abraço!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Querer é poder?



Brasília (refletir é preciso) - Hoje estive em uma loja da qual sou cliente antigo - a Musical Novo Tempo - praticamente todo o equipamento que possuo hoje, relacionado à bateria, foi comprado lá. Gosto do pessoal da loja e, principalmente, de como sou tratado. Conheço todo mundo, do faxineiro ao proprietário há 5 anos. A loja me oferece produtos TOP, que não se encontra em qualquer loja do ramo. Mas enfim, voltemos à visita...

Saí um pouco mais cedo do trabalho e resolvi passar por lá, já que havia algum tempo desde a última visita: em fevereiro. O principal objetivo era acertar com o Hugo minha ida à Expomusic 2010, evento do qual já QUIS participar por diversas vezes, mas nunca PUDE. O pessoal de lá (Marquinho, Hugo e etc.) me chama desde 2007. Os motivos que me impediam eram diversos: rotina de trabalho, nascimento dos gêmeos, falta de dinheiro e algumas vezes era tudo isso junto. Este ano, o cenário desenhou-se bem mais favorável: rotina de trabalho mais controlada, milhas a vencer e os gêmeos bem mais tranquilos. Comecei com esta idéia em abril e cheguei à conclusão de que o melhor a fazer seria reservar e combinar tudo desde já, evitando que algum outro problema me tirasse o foco.

O pessoal da Novo Tempo é fundamental para o projeto, pois a feira não é aberta para a visitação dos curiosos, como eu, desde o primeiro dia. Os dois primeiros dias são reservados para músicos profissionais e para os lojistas. Como esta fatia do público é muito menor e é o verdadeiro foco da feira, estes dias são, sem sombra de dúvidas, os mais interessantes. Como ainda não estou a vida ganha, não tenho condições de participar nestes dois dias, por ser meio de semana (quarta e quinta-feira). Minha idéia é negociar a quinta e a sexta no trabalho e pegar pelo menos um dos dois melhores dias. Perceberam a importância do pessoal da Novo Tempo nisso tudo? Apenas músicos profissionais ou LOJISTAS poderão entrar na feira na quarta e na QUINTA. Daí, eu conto com a boa vontade e o jogo de cintura do pessoal para conseguir algum esquema para mim. Conversei com o Hugo algumas coisas corriqueiras antes de entrar no assunto principal. O Hugo ficou empolgado quando viu minha firmeza em afirmar "este ano eu vou". E já começamos a fazer planos...
- Em agosto chega um material da Pearl - disse o Hugo.
- Ótimo. Estou pensando em adicionar um tom e um surdo ao meu kit principal - respondi.
- Pô, em agosto é frio em SP - completou o Hugo ao me mostrar algumas fotos de outros anos.
- Ainda bem que este ano vai ser no fim de Setembro - eu estava totalmente por dentro das datas, já que venho reunindo informações há algum tempo.
- Em setembro!? Então é bem no fim, certo?
- É do dia 22 ao dia 26 - e eu já estava intrigado.
- Cara, meu casamento é no dia 19!

Bom nem preciso dizer que o Hugo não PODE ir à feira este ano. De qualquer forma, ele me colocará em contato com outras pessoas que vão e, de repente, poderei integrar o grupo.

Mais à diante - minhas visitas à Novo Tempo nunca duram só meia hora, como eu prometo para a Cris - o Hugo comentou sobre um camarada, o Deth Santos (@dethsantos) que está nos EUA para estudar bateria com nada mais, nada menos do que: Mr. Thomas Lang. O cara é um dos monstros da bateria atualmente. Quando o vi pela primeira vez, achei que fosse o Weckl e a maioria das pessoas que me vêem falando isso não se surpreende. O cara é sinistro. Fiquei surpreso em saber que alguém de nosso meio (BSB) teve a feliz ousadia de ir para os EUA sozinho, sem falar inglês e sem muita grana para realizar o sonho de estudar com um cara que certamente será mais uma lenda da bateria (é questão de tempo). Talvez a maior motivação do Deth tenha sido a paixão pelo instrumento, talvez sua veia aventureira tenha falado mais alto, talvez esteja vendo uma oportunidade de fazer contatos que não faria aqui em BSB ou talvez seja uma loucura, mas o que me fez refletir é o fato de que talvez ele não PUDESSE, mas QUIS. Como eu disse ao Hugo, acredito que pessoas destemidas assim vão longe. Enquanto eu estava feliz por, 3 anos depois de inicar conversas, finalmente tomar a atitude de estudar com o Maurício Barbosa, que é um grande baterista e dá aulas a 2,5 KM da minha casa, o Deth foi estudar com um cara que é referência para muitos bateristas no mundo inteiro porque assim ele QUIS e, com toda certeza, batalhou para tal.

Algumas horas depois, refletindo sobre tudo isso, me lembrei de uma conversa que tive certa vez com o grande Kiko Freitas. Encontrei com o Kiko por acaso perto do Brasília Shopping. Ele estava aqui na cidade para ministrar um curso de curta duração na Escola de Música de Brasília. Como não é todo dia que tenho a oportunidade de encontrar alguém deste "naipe" na rua, puxei assunto. Após as apresentações (que para ele era totalmente desnecessário) desenvolvemos um curto diálogo, do estacionamento até a praça de alimentação do shopping. A segunda ou terceira pergunta que o Kiko me fez ficou registrada em minha memória: "Você vive de música?" e eu, pastelão, respondi que não PODIA, que aqui em Brasília isso era muito difícil, que tinha família e fui enumerando motivos. Continuamos nosso batepapo e nos despedimos minutos depois. Naquele mesmo dia, refleti (como hoje) sobre a conversa e não tive dúvidas em enviar-lhe um e-mail voltando atrás no que havia dito. Lembro-me de ter-lhe escrito que não vivia de música por não QUERER, mas que ao contrário do que havia dito para ele, seria perfeitamente possível, desde que eu encarasse a coisa de frente, atuasse em várias frentes, enfim, agisse como muitas pessoas que hoje tem sucesso fizeram um dia. É tudo uma questão de QUERER mais do que PODER.

Este ano eu vou à Expomusic.


Let's Start!

Bem pessoal, estou aventurando-me novamente nesta história (ou seria estória?) de blog. Não consegui ser tão assíduo quanto planejei ou quanto gostaria na última empreitada. Os motivos foram diversos. Após um tempo de autocrítica, cheguei à conclusão de que o motivo mais forte para o não abastecimento do blog foi basear os textos em um único tema, o que restringia minha produção e a gama de leitores, tendo em vista que alguns dos assuntos eram demasiadamente técnicos.

Pois bem. Estou inaugurando este novo espaço, onde a idéia é ficar mais livre. Pretendo escrever sobre os temas que permeiam minha vida: Tecnologia, Música, Futebol, Fluminense (que é muito mais do que futebol) e tudo mais que "me der na telha". Espero gerar assiduidade e, como se diz atualmente, fidelizar meus leitores.

Sejam sempre bem vindos!

Abraço!!

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