quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Flunimed

Brasília (e mesmo assim é líder) - Ontem, na velocidade de alguns Mbps, foi noticiado, pelo próprio, que Fred renovou seu contrato por mais cinco anos. Via Twitter, o atacante postou a seguinte mensagem:

"- Estou na sede da Unimed e acabei de renovar meu contrato por mais cinco anos. Saudações tricolores!"


Legal, a renovação de Fred, que sem sombra de dúvidas é o principal jogador do Flu atualmente, o grande ídolo da torcida e tudo mais.

Porém, o que me chamou a atenção de fato, foi "na sede da Unimed". Oras, o contrato é com o Flu ou com a Unimed? Há uns três anos, percebo alguns jornalistas chamando o Flu de Flunimed, por causa da dependência financeira do clube em relação a seu patrocinador. É claro que no futebol de hoje, todos os clubes, sem exceção dependem de patrocínio, principalmente no Brasil. Mas o que incomoda no caso do Flu é a constante interferência do patrocinador nas decisões que deveriam ser do clube.

A ingerência existente no Flu nos últimos anos é preocupante, lastimável, revoltante. Não vejo tal situação acontecer em outros clubes, onde talvez a participação do patrocinador seja ainda maior do que na relação Unimed/Flu. E não há argumentos. Incompetência da diretoria, direcionamento do investimento, retenção judicial de valores... Nada disso justifica o fato satisfatoriamente.


A história mostra que o final de todas as parcerias nestes moldes é devastadora para o clube, que não investiu o aporte financeiro em estrutura, em algo que lhe proporcionasse resultados a longo prazo e lhe garantisse alguma estabilidade ao longo do tempo. Hoje, a parceria Flumiense/Unimed só garante o presente do time de futebol. O passado não foi tão brilhante e o futuro ninguém sabe qual será. Mas é fato que o legado deixado para o clube será muito menor do que poderia.

O Cara

Brasília (lerê, lerê...) - E hoje é ontem foi aniversário de um dos meus heróis: Nelson Piquet. Lembro-me como se fosse ontem da expectativa para o início de cada corrida de Fórmula 1 aos domingos pela manhã, de colecionar álbuns de figurinha, de ler algumas páginas da revista especializada em automobilismo chamada Grid (salvo engano). Também colecionei carrinhos e vesti um macacão inspirado em Piquet no meu aniversário de quatro anos (depois posto uma foto desta presepada aqui). Naquela época, automobilismo para mim resumia-se a Fórmula 1 e esta, resumia-se à Nelson Piquet, a quem vou me referir, a partir de agora, como “o Cara”, com “C” maiúsculo mesmo.
 

Lembro-me que, na sala da casa da vovó, a torcida era divida entre o Cara e Senna. Eu estava na torcida do Cara (coincidentemente ou não, a torcida dele era praticamente formada pelos primos e tios que torciam pelo Flu). A cada ultrapassagem de um ou de outro, a vibração era semelhante à comemoração de um gol. E, se não me falha a memória, sempre comemorávamos mais do que a outra torcida. Alguém chuta qual era o modelo do meu "pé na tábua"? Williams, claro!

Autor de frases peculiares, Piquet competia até para chegar primeiro ao banheiro. Uma das passagens que mais gosto em sua carreira é aquela entrevista sobre o título de 1987 “A quem você dedica este título?” e a resposta “Ao Nelson Piquet.”. Ótimo, pra dizer pouco. O Cara foi capaz de chegar numa equipe inglesa, com um companheiro de equipe inglês e criar seu próprio espaço, quando muitos achavam que isto não seria possível. Alguém consegue imaginar isto acontecendo nos dias de hoje? Sabia aproveitar as brechas do regulamento técnico (e até o hoje isto faz diferença, vide o difusor traseiro em 2009). Sabia trabalhar no acerto do carro, aproveitar os pontos fracos de seus adversários dentro e fora das pistas e nunca precisou fazer média com locutores ou comentaristas a fim de ganhar afagos ou elogios, como outros que prefiro não comentar (mas sempre tem que rolar uma alfinetada).

Ontem Piquet completou 58 anos. Parou de correr em 1992 ou 1993 (não me lembro ao certo). Assisto a Fórmula 1 até hoje, mas desde que o Cara saiu, não tive tantos momentos de vibração como em sua época. Sou mais um mero expectador. Nunca me empolguei com Senna, Schumacher, Hill, Villeneuve ou Alonso. Cheguei a achar que Barrichelo seria um grande piloto quando saísse da Jordan. Não o foi. Cheguei a achar que Massa seria um “novo Piquet” e, principalmente, cheguei a achar que Nelsinho seria como o pai. Pensando bem, vejo porque me empolgava tanto ver o Cara correndo. Ele foi simplesmente único. Por isso, para mim, ele é o Cara.



terça-feira, 3 de agosto de 2010

Certo, Mano?

Brasília (enquanto escrevo, o Flu é líder) - A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) mudou radicalmente a filosofia de trabalho para a Copa 2014. Primeiro trocou um treinador (sic) sem experiência por um que tem alguma rodagem, já ganhou alguns títulos (com pouco brilho, diga-se) e que um dia já teve fama disciplinador. Outra mudança radical foi o comportamento do treinador com a imprensa, mais especificamente, com a Rede Globo. Parece-me claro que a emissora é parceira da CBF e, por isso, goza de privilégios, digamos. Não por acaso, Mano já falou para a Rede Globo de maneira exclusiva por, pelo menos, quatro ocasiões.

Sobre a primeira mudança. Não me surpreendeu. A postura após a copa de 2006 foi a mesma, o que mudou foram os alvos: Ronaldo, Cafu, Roberto Carlos e Dida. Todos estes jogadores foram sumariamente afastados da Seleção pelo magnânimo. Sem despedidas, sem homenagens. E foram os mesmos que lideraram a Seleção nas campanhas de 1998 e 2002 (junto com Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho, na última). Acho no mínimo curiosa, para não dizer estranha, esta postura do magnânimo: um dia o cara é herói, exemplo de atleta e tudo mais; no outro, não presta, é incompetente é a causa do fracasso. Este tipo de postura é clara em pessoas que não assumem sua própria responsabilidade e preferem a cômoda posição de transferi-la. Ronaldo, Roberto Carlos e Cafu foram os únicos responsáveis pelo fracasso em 2006? Não. Dunga foi o único responsável pelo fracasso em 2010? Não. Então simplesmente trocar o elemento eleito como “o” vilão (que até o início da Copa não o era) é solução? Não. Foi o que vimos nos últimos anos.

Sobre mudança em relação à Rede Globo, a situação também preocupa. Qual a função da imprensa: informar de forma imparcial ou defender interesses econômicos, como parece ser o caso? Já começou o “oba oba”, a tal “corrente pra frente”. E qual a intenção? LUCRAR. Não enganem-se: o resultado esportivo está em segundo plano. Basta analisar com calma as declarações sobre o comportamento de Dunga com a emissora oficial, que estariam desagradando aos PATROCINADORES. Os patrocinadores que se danem! O resultado esportivo deveria vir em primeiro lugar. No meio do cabo de guerra, quem perdeu foram os jogadores, que ficaram um longo período sem folgas e tendo pouco contato com o “mundo exterior”. Notem que as estrelas viraram coadjuvantes. As recentes entrevistas coletivas do novo treinador concedidas à emissora parecem estar acertadas com o dono presidente da CBF e denotam uma era de trégua, em que o treinador será “amado” e a emissora será “bajulada”, recuperando o espaço outrora perdido durante a gestão da antiga comissão técnica. Estas atitudes estão fora das atribuições de ambos. Uma emissora de televisão (que goza de concessão pública) deve informar. O técnico da Seleção deve cuidar dos assuntos como convocação, treinos, esquema de jogo, jogadores que surgem e etc.
 

A estratégia do presidente da CBF, que vem perpetuando no poder por 20 anos e que, portanto, está dando certo, é entregar uma cabeça aos leões. De preferência, uma cabeça que satisfaça ao apetite dos seus aliados. Pior para aqueles que são apunhalados pelas costas e, de aliados passam a inimigos (ou culpados). Abre o olho, Mano. Daqui a quatro anos, tanto CBF quanto Globo, que hoje lhe sorriem, poderão estar atirando a SUA cabeça aos leões e, mais uma vez, salvando a própria.

Pedrão Recomenda: Jonny Lang - Lie to Me

Brasília (o que é a adolescência...) - Quem não gosta escutar um bom e autêntico Blues? Deixo aqui uma bela sugestão: Jonny Lang - Lie to Me. Um álbum completo, para quem gosta do estilo.

Jonny é cantor e guitarrista. Sua voz é grave e 'rasgada', exatamente como pede o estilo. Seus riffs e solos de guitarra são de extremo bom gosto. E tudo isso com 15 anos. Exatamente, quando Jonny gravou o disco em questão, tinha apenas 15 anos (em 1997). O que é a adolescência, não? Um período de extrema criatividade e pouca estabilidade, que, quando canalizados de maneira eficiente, viram isto aí. Uma jóia que conquistou o disco de platina e rendeu diversos elogios e prêmios da crítica especializada.



Quando conheci o trabalho do Jonny, simplesmente não acreditei que aquilo havia sido produzido por um adolescente. Mas foi. Adolescentes são assim: imprevisíveis, capazes de dominar o mundo. Uma pena que nem sempre canalizem toda sua energia em prol de algo produtivo ou mesmo em prol de algo. Bateu uma saudade da minha adolescência agora... Pronto. Passou.

Jonny Lang - Lie to Me: Pedrão Recomenda.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Lista - Divas

Taguatinga (só em sonho mesmo...) - Diva, segundo o Dicionário da Língua Portuguesa, quer dizer Deusa. No sentido figurado, a palavra pode ser entendida como "mulher formosa"ou "cantora ou atriz notável". O fato é que elas nos inspiram. E não me refiro somente aos babões! As mulheres espelham-se em vários aspectos do comportamento das divas em suas vidas: vestuário, modo de agir, modo de pensar, penteado e etc.

Como sou músico (ou baterista, como preferirem), minhas divas são cantoras, mas não são simples cantoras são personalidades, são talentosas e, claro, são lindas (acho que isso é obrigatório para uma diva).

Então vamos enumerar:

1 - Madonna - Para mim, não tem Marilyn Monroe, princesa Diana ou alguma outra que o valha. A mulher do século XX, a loira, é Madonna, a material girl. É difícil definir com palavras, mas ela sempre esteve um passo à frente, sempre apontou o caminho. De vez em quando inventam novas Madonnas (a bola da vez é a tal Lady Gaga). Furada total. Toda a atitude, ousadia ou invenção de Madonna tinha uma base sólida. Sua nudez não foi gratuita, como presenciamos hoje em dia. Sobre seu legado, pouca gente emplacou tantos hits e por tanto tempo. Não possuo números, mas talvez, só artistas da grandeza de Beatles e Elvis tenham mais hits do que ela. Só pra falar das minhas preferidas: La Isla Bonita, Like a Prayer, Like a Virgin, Take a Bow, Papa Dont Preach, Fever, Beautiful Stranger, 4 Minutes, Hang Up, Vogue, Holliday... Vou parar por aqui, senão vira um post completo.


2 - Marina Lima - Gosto dela desde criança. Gosto dos temas de suas músicas, dos arranjos, das letras. Para quem não sabe, Marina foi uma das precursoras no uso de samplers no Brasil, algo que revolucionou o modo de gravar e executar músicas na década de 80. Gosto de ver e ouvir Marina. Sempre que posso, assisto o DVD Acústico MTV Marina Lima (e recomendo). Uma pena não vê-la em atividade ultimamente. Músicas favoritas: O Chamado, À Francesa, Fullgás, Pra Começar, Veneno, Difícil e Nada Por Mim. São as que eu lembro agora. Devem haver outras.


3 - Sade - Essa aqui... Sade é uma cantora que agrada demais. Aos olhos e aos ouvidos. Não sei sobre a vida de Sade fora dos palcos. Mas pelo que ela faz nos palcos, nem precisa fazer nada fora deles. Já merece o posto de Diva. Canta fácil. Tenho um DVD dela, que já assisti umas 100 vezes e não enjôo.  Minhas favoritas são: Smooth Operator (nem precisava falar), Paradise, The Sweetest Taboo e Keep Looking. Depois de uma longa pausa, que durou 10 anos, Sade lançou um novo CD este ano. Fiquei sabendo agora e vou correr atrás, depois comento aqui!


E aí, quais são as suas divas? Quero saber. Comentem.

Postagens populares