sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Bravo, Conca!!


Brasília (e ainda somos líderes) - Pessoal a partida que o pequeno argentino Dario Conca, do Flu, fez ontem contra o Grêmio foi antológica. Alguns poderão alegar que Conca pegou pouco na bola e que fez pouco além dos dois gols. E eu retrucarei: "E precisa fazer mais?". Ainda que alguém insista, aqueles que assistiram ao jogo, saberão do que estou falando. Poucas bolas nos pés do pequeno argentino são disperçadas.

Em rodas de discussão sobre futebol, é natural surgir a questão: "Por que o Conca não está na seleção Argentina?". Minha resposta é: "Não sei, mas ainda bem, porque no dia que o mundo conhecer seu talento, seus dias no Flu estarão contados.". Brincadeiras à parte, é claro que considero uma pena que os próprios argentinos ainda não tenham percebido o potencial de Conca, mas acredito que isto acontece em todos os países... Enquanto isso, agradecemos o fato de Conca estar, desde 2008, no Flu e ser o grande maestro do Tricolor.

Durante os dias que antecederam o jogo de ontem, a imprensa, que SEMPRE tenta achar alguma coisa para desestabilizar o ambiente do Flu, quis criar uma polêmica acerca da renovação de seu contrato, que termina em dezembro de 2011 (falta mais de um ano). Duvido que Conca esteja tão irredutível assim, como quiseram pintar. Toda e qualquer negociação é feita de propostas e contrapropostas, até porque cada parte defende seu interesse e o desfecho se dá no meio termo, o chamado "bom para os dois lados". É claro que há bastante tempo para que o Flu costure a renovação daquele que é o maior jogador em seu elenco atual, há tempo suficiente para tratar a coisa como se deve, porém não há tempo para dormir no ponto, tendo em vista que em julho, Conca estará livre para assinar um précontrato com qualquer outro clube (e tem muita gente de olho).

Voltando ao jogo de ontem, o primeiro gol foi realmente uma pintura, um gol de craque. Um toque para dominar a bola, tirando o zagueiro e ajeitando-a e o chute, em que a bola subiu e desceu tão rapidamente que o goleiro titular da Seleção nada pôde fazer senão torcer. Sua torcida não adiantou. Gol. Golaço. A partir daí a marcação ficou mais atenta com o pequeno argentino. Até que, quando o Grêmio era todo ataque e a marcação cochilou, Conca resolveu a parada. Dois a zero para o argentino, que ainda reverenciou o companheiro, Washington, que vive uma fase complicada. Vale ressaltar que em outros lances do mesmo jogo,   Conca aplaudiu e incentivou o companheiro, também.

Não foi à toa que Muricy sonhou em levar Conca ao São Paulo e ao Palmeiras por dois anos consecutivos. Não foi à toa que o Flu precisou de duas investidas para contratar Conca. Não será à toa que Conca se tornará um dos maiores ídolos da história do Flu (basta ficar). E não é à toa que a Torcida Tricolor o reverencia. Conca é a cara das três cores que traduzem tradição: Esperança, Garra e Fidalguia.

Olê, olê, olê, olá! Conca, Concaaaaaa!

Momento Bit - Especializar-se ou não?

Conversava em uma roda de amigos outro dia, quando surgiu o tema "especializar-se ou não?". Debatemos por cerca de meia hora e não chegamos a uma resposta à questão. Porém, tiramos algumas conclusões que compartilho aqui com vocês:

Especialização x Retorno financeiro

A especialização normalmente aumenta o retorno financeiro do profissional. Mas isto ocorre à médio-longo prazo. Um cuidado que se deve tomar é estudar o 'teto' de remuneração do segmento. Algumas vezes um especialista no segmento A tem uma remuneração de 'profissional pleno' em um segmento B. O tempo para chegar-se ao 'teto' também deve ser levado em consideração.

Especialização x Empregabilidade

Eis um aspecto que deve ser especialmente estudado: Empregabilidade. Uma opção é avaliar a densidade demográfica da carreira. 
Por exemplo:
Para suportar um grupo hipotético de 20 desenvolvedores, há 1 administrador de banco de dados (DBA), 3 analistas de sistemas, 1 analista de suporte, 3 analistas de testes. Analisando a situação demonstrada, pode-se optar pela carreira de desenvolvimento que garante uma melhor empregabilidade, porém a rentabilidade não é igual à de um DBA

Sendo assim, avaliar a empregabilidade é um aspecto importante a ser considerado na hora de fazer a opção pela especialização.
O estudo 'empregabilidade x especialização' tem dois aspectos distintos: 

  • Um especialista está mais preparado para enfrentar os desafios de sua área de atuação. Este fator aumenta a empregabilidade do especialista.
  • Um especialista é mais 'caro' do que um profissional generalista e nem sempre as organizações estão dispostas a pagar pela especialização. Seja pela natureza de seu negócio, urgência ou capacidade financeira. Este fator diminui a empregabilidade do especialista.
Capacitação

Tornar-se especialista em um determinado segmento custa tempo, dinheiro e dedicação. Cada segmento determinará o quanto de cada um destes elementos será necessário. É importante pensar neste aspecto antes da opção.
Uma área A pode exigir apenas 1 ano para que o profissional torne-se especialista, porém os treinamentos querem alta dedicação e custam alto.
Uma área B pode exigir 5 anos para a especialização, porém os custos seriam reduzidos e a dedicação seria diluída ao longo deste tempo.

Plano de contingência

Uma situação à que o especialista estará sujeito é a ausência de mercado. É preciso que o profissional que tenha um plano de contingência para esta situação. Neste plano de contingência o profissional deve considerar: 

    Afinidade com a área escolhida

    É preciso que o profissional tenha afinidade com a área em que deseja especializar-se, afinal de contas, a especialização é uma espécie de casamento. Ter prazer em desempenhar certa atividade pode ser um fator de sucesso e um importante diferencial, além de minimizar o risco por um eventual arrependimento.

    • Reserva financeira - O especialista deve ter uma reserva financeira para os tempos em que sua rentabilidade não esteja suprindo suas necessidades.
    • Áreas afins - Em algumas situações o especialista pode considerar a troca de área de atuação, então é importante conhecer áreas afins, onde seu conhecimento acumulado será aproveitado.
    • Localização geográfica - Profissionais especialistas em alguns ramos de negócio. Devem considerar a localização geográfica de seu mercado. Em alguma cidades, há grande concentração de Instituições Financeira em outras, há Telecom, Siderurgia, Metalurgia e por aí vai...

    Bem pessoal, este tema é muito controverso e particular. Vejam que aqui não entramos no mérito do "Vale a pena?". Apenas enumeramos aspectos a serem considerados na hora da decisão pela especialização. Em matéria de especialização, conheço diversos casos de sucesso e alguns de fracasso. É importante frisar que não conheço nenhum fracasso "total". Há sempre uma válvula de escape que permite que o profissional não vá ao fundo do poço. Também é importante ressaltar que nenhuma história de sucesso foi construída sem talento, dedicação, suor e aquela pitada de sorte...

    quinta-feira, 28 de outubro de 2010

    Mais uma primavera...

    Brasília (atrasado também vale!) - E nesta semana, dia 25 de outubro, o maior herói deste blog completou 49 anos de vida! Ele mesmo... Chad Smith, baterista do Red Hot Chili Peppers (para os desavisados). O que falar sobre o fato? Bom, só posso desejar que ele continue fazendo o que faz: tocando sua bateria cada vez mais funk; que venha ao Brasil assim que puder (de preferência com o Red Hot, mas pode ser com o Chickenfoot também) e que tenha muitos outros anos de vida e muita saúde para continuar na ativa.


    Para reverenciar meu grande herói (mais uma vez), vou deixar uma foto de um show em que prestei uma pequena homenagem a ele. A foto foi tirada, curiosamente, em um 25 de outubro. Na época eu não sabia que era o dia do aniversário dele...



    Parabéns, Chad. Keep "Drumming"!


    segunda-feira, 25 de outubro de 2010

    Lista - Os 3 filmes que marcaram a minha infância

    Taguatinga (é...) - Ainda no segundo grau (atual nível médio), escrevi em uma redação "...eu faço parte da geração televisão...", em uma claríssima alusão à "geração coca-cola", cantada por Renato Russo. Uma frase que foi colocada despretensiosamente (talvez um pouquinho) fez um sucesso que eu não esperava (talvez um pouquinho) a professora adorou. Rasgou elogios, disse que gostaria de trabalhar mais os meus textos, blá blá blá. Mas eu era "técnico" (como eu dizia). Estava me lixando para português, gostava mesmo era de eletrônica. E não dei a mínima para ela, por achar que não tinha o "jeito" que ela achava que eu tinha (talvez um pouquinho).

    Dei esta volta inteira, para falar que vi muita televisão quando era criança. Tanto que, aos sete anos, tive que usar óculos. Passava tardes inteiras e entrava noites. Assistia tudo: Telecurso Segundo Grau, Eureca, Bom dia Brasil, Show da Xuxa, Globo Esporte, Jornal Hoje, Vale a pena ver denovo, Sessão da Tarde, Novelas, Jornal Nacional, Tela Quente... Só parava quando minha mãe me mandava ir dormir. Ia meio puto, mas ia.

    Sendo assim, vou listar as obras que vi durante este tempo (até os 10 anos de idade) e que, de certa forma, marcaram alguma época para mim. São filmes que já vi várias vezes. Pelo menos umas dez vezes cada, por baixo. Vamos à lista:

    1. Robocop - Tecnologia, drama, ética, american lifestyle. Tudo num filme só. Isto, sem contar a sanguinolência, que, devo confessar, gerava um certo entusiasmo na garotada. Lembro que uma vez, o Érico e eu contamos quantas mortes aconteciam durante o filme. Foram 33, salvo engano. Era muita morte para um filme que não tinha cenas de guerra, onde ocorrem mortes em massa. Mas enfim, era um filme bacana. Tanto que falaram em refilma-lo. Mas acabaram desistindo. Ainda bem, detesto remakes.


    2. Indiana Jones e o Templo da Perdição - Certa vez, o tio Raimundo, nos emprestou seu video cassete, que era novidade na época. Acredito que ficamos com o video cassete por umas duas ou três semanas. A única fita  que tínhamos em casa era justamente esta. Então, acredito que passei duas ou três semanas vendo o filme todos os dias. Lembro-me que cheguei a decorar as falas. Sobre o filme, nem o que falar, né? Um clássico total... Talvez o melhor da trilogia, que não é mais trilogia desde esse último caça níquel, que fizeram depois.


    3. Um Tira da Pesada - O personagem Axel Foley despertava o desejo de ser policial na garotada. Muito carismático, competente, sortudo, valente, bom de briga. Um verdadeiro herói. Assistíamos ao filme e depois brincávamos de "Um tira da Pesada", simulando algumas cenas do filme e inventando outras. Há uns dois meses assisti ao filme novamente e tive certeza: marcou época.


    Galera, esta lista nasceu com uns oito filmes. Reduzir à três foi dureza. Praticamente fechei os olhos e escolhi. Nem fiquei pensando muito senão acabaria aumentado a lista para cinco... Quero conhecer os filmes que marcaram a vida de vocês também. Comentem!!

    sábado, 23 de outubro de 2010

    Memórias de um Tricolor

    Taguatinga (queria muito voltar a ser o Peter Pan) - Domingo, dia 25 de junho de 1995. Como acontecia quase sempre, estava passando o fim de semana na casa da vovó. A "casa da vovó", apesar da denominação, era um apartamento. Três quartos e um banheiro, que nestes dias ficava um tanto congestionado, já que casa em que moravam regularmente a Vovó, tio Mário, tio Pedro, tio Ique e Assis, ainda ganhava o Daniel e eu como moradores de fim de semana. Uma visita desavisada em um amanhecer de domingo poderia ser confusa para que o fizesse. Como não havia espaço suficiente nos quartos, dormiam na sala: tio Ique, Daniel e eu (e algumas vezes o João Pedro). A sala ficava completamente tomada por colchões e cobertores. A vovó era a primeira a acordar e muitas vezes fazia um certo malabarismo, esgueirando-se entre os colchões para ir à padaria sem nos acordar. Se o Daniel ou eu estivéssemos acordados, esta tarefa seria automaticamente nossa. O tio Mário era quem acordava na sequência, sempre animado e, quase sempre, com alguma programação já acertada para o dia. O Assis acabava vindo por tabela. Com três pessoas da casa já acordadas, os que dormiam na sala não podiam fazê-lo por muito mais tempo, já que atrapalhavam o trânsito pelo apartamento. O último quarto a "acordar" era o do tio Pedro, nada mais justo, já que normalmente ele era o último a dormir, também.

    Aquele dia era especial. Daniel e eu sempre fomos "quase irmãos". Todos os primos: Rafael, Érico, Igor e Philipe, além de nós, éramos quase irmãos. Mas talvez por não termos irmãos (o Daniel tinha duas irmãs), o Daniel e eu éramos muito próximos. Tomamos nosso café da manhã e nos preparamos para o dia. Naquele dia, a adrenalina era muito grande para irmos ao campo de areia, do outro lado do Cruzeiro (bairro em que estávamos) para jogar bola pela manhã inteira. Queríamos estar inteiros para o grande momento. Então, ao invés de vestirmos as roupas de jogar futebol e descer para chamar os outros primos, ficamos por lá mesmo e aos poucos fomos ganhando novas companhias.  Aos poucos foram chegando, o Rafael, o Karlos e a Karla, Danielle e Danilla, tio Vanderlei, tio Valter, tio Evan, Érico, Igor e etc. Tudo bem que os domingos na casa da vovó eram sempre assim, mas em dia de final de campeonato o clima é outro. Salvo engano, o Daniel, o Rafael e eu vestíamos camisetas parecidas: uma camiseta que fazia alusão aos quatro clubes cariocas da frente "Torço por todos" e atrás revelava o verdadeiro clube: "P... nenhuma, sou FLUZÃO", isto no meu caso e no do Rafael. O Daniel era molambada flamenguista. Ainda é (não me perguntem por que). A pouca diferença de idade entre nós, nos unia naturalmente. O Rafael e o Daniel dividiram sala de aula, primeiras paixões e até algumas namoradas (neste caso, não ao mesmo tempo).

    Para matar o tempo e aliviar a expectativa, gravamos algumas fitas. Uma delas foi "Rap Brasil vol. 1". Na época era moda.  Este disco tinha alguns hits como: "Rap do Silva, "Dança da Bundinha", "Dança da Cabeça", "Rap do Endereço dos Bailes" e aquele rap extremamente chato que fazia alusão ao ano do centenário do flavela flamengo. Na torcida burro negra rubro negra o Daniel ganhou o reforço do Kalinhos. Ainda assim não faziam (e não fazem) frente ao Esquadrão Tricolor: tio Valter, tio Pedro, tio Raimundo, Érico, Igor, tia Regina, Rafael e eu. Mais tarde, outros torcedores do lado negro da força também integraram-se aos dois: tio Ique e Philipe. Para todo este grupo o dia era especialmente tenso e a tensão aumentava à medida que a hora do jogo aproximava-se. Os únicos elementos relaxados em nosso ambiente eram os vascaínos: tio Mário, tio Evan e minha mãe, além do Assis, que é botafogo. Alguns destes, aproveitando-se de seu relaxamento aproveitavam para fazer pequenas piadas e deixar nosso clima ainda mais tenso.

    O ano de 1995 foi o ano do centenário do flamengo. Um investimento vultuoso aportou na gávea, de modo que o principal jogador da última copa, eleito o melhor jogador do mundo estava lá: Romário. Além deste, o novo Zico (acho que já vi pelo menos uns cinco "novos zicos"), o frágil Sávio era outra estrela do time. A maioria dos torcedores rubro negros que eu conhecia já dava o ano como "favas contadas": campeão carioca e brasileiro. Era o que acreditavam. E a campanha do flavela flamengo no campeonato carioca não desmentiu esta espectativa: ganharam a Taça Guanabara e nadaram de braçada na fase final. Já o Flu... Ah, o Flu... Nenhuma contratação de enorme impacto. O maior nome trazido pelo clube era o do decadente Renato Gaúcho. Mas o time era, digamos, certinho. Algumas pratas da casa, como Sorley e Cadu. Alguns jogadores que já estavam no clube havia algum tempo, como Leonardo, Rogerinho, Lira e o "Super" Ézio. Um ótimo meio campo repatriado: Djair; e um punhado de ilustres desconhecidos: Welerson, Márcio Costa, Aílton e etc. O ano estava difícil para nós. Mas na fase final, encaixamos uma sequencia de vitórias e estávamos na final.

    O clima entre os Tricolores na casa da vovó era de desconfiança. Jogamos (e perdemos) as finais de 91, 93 e 94, sendo que em 91 e 94 tínhamos um time superior. Desta vez, com um time ajustado, porém com menos glamour, estávamos com um pé atrás. E nem tinha como ser diferente. Nas rodas rubro negras, o ar de já ganhou imperava. Tenso. O clima era tenso. O flamengo ainda jogaria pelo empate! Ai, ai, ai. Mas enfim, vamos lá. Aproximando-se da hora do jogo, troquei minha camiseta por uma oficial, da Penalty, com patrocínio da Coca-Cola que fora usada pelo time em 1993. A blusa que usava, emprestei para a Karla e ganhamos mais uma torcedora. Como costumo dizer, eu vivia futebol naquela época. Com quinze anos de idade, eu não tinha muita coisa para fazer além de estudar, jogar bola e jogar video game. Então, vou dar a escalação do Flu para o jogo: Wellerson, Ronald, Lima, Sorley e Lira; Márcio Costa, Aílton, Djair e Rogerinho; Renato Gaúcho e Leonardo. Timaço!! 

    Eu nunca havia visto o Fluminense ser campeão. Minha maior alegria no Futebol havia sido a conquista da Copa do Mundo pela Seleção brasileira no ano anterior. A cada final que acompanhava, minha expectativa crescia. Consequentemente, a tensão pré jogo, também. Instantes antes da bola rolar, a sala da vovó parecia uma lata de sardinha (do jeito que ela gosta). Gente nos sofás, em pé, sentados no chão, em cadeiras ou pindurados em outra pessoa. Era muita gente. E como estávamos em família, não tinha essa de separar os Tricolores dos rubro negros. Era todo mundo junto mesmo. Quando a bola rolou, a tensão, curiosamente saiu de cena (pelo menos para mim) e deu lugar à hipnose. Fiquei com os olhos vidrados na televisão durante os 90 minutos. Toda nossa desconfiança e pé atrás, existentes horas atrás passaram para o lado de lá quando o Flu abriu 2x0 ainda no primeiro tempo. Lembro perfeitamente da sensação de alívio e de "dever cumprido" que senti durante o intervalo, quando fui à cozinha pegar uma Coca-Cola. Mas o que parecia ser uma final muito mais fácil do que a dos anos anteriores, virou um verdadeiro pesadelo quando o flamengo empatou o jogo e justamente com Romário marcando o segundo gol. Romário nunca havia marcado contra o Flu até aquele momento. Mas o Flu contava com Renato Gaúcho, um dos caras mais raçudos que já vi dentro de um campo de futebol. Ele havia feito gol em simplesmente todos os fla-flus do ano (outros três) e mesmo naquele jogo já havia deixado o seu. Mas quando a Aílton fez uma belíssima jogada pela direita e chutou para o desvio de Renato Gaúcho (com a barriga), Renato marcaria o gol que seria lembrado por toda a sua vida em qualquer profissão que arriscasse após pendurar as chuteiras. O gol que Renato acabara de marcar ficou mais famoso, até do que o gol fizera pelo mundial de clubes, dando o caneco ao Grêmio. Ou que o punhado de gols que marcou com a camisa da Seleção. E foi um gol com a cara de Renato, com raça e oportunismo. Gol de quem não desiste. Nesta hora, aos 43 minutos do segundo tempo, o tempo parou para mim. Por alguns instantes, não ouvi, não enxerguei, não senti cheiros. Meus sentidos pararam. A única sensação que tive, foi a mais espetacular que já experimentei na vida. Lembro de ter abraçado todos os Tricolores, de ter gritado e pulado. Mas sinceramente, não lembro dos minutos que completaram o restante do jogo. Para mim, o jogo acabou ali. E de fato, foi o que ocorreu.

    A festa que tomou conta do Cruzeiro foi grande. O Cruzeiro é um bairro que conta com muitas pessoas originárias do Rio, por isso, nossa torcida lá é enorme. Tomamos as ruas batucando, cantando, gritando e festejando. Um verdadeiro carnaval. E o Daniel estava conosco, afinal era quase que nosso irmão. Para mim, aquela comemoração extenderia-se por exatos cinco dias. A cada lugar em que eu chegava com minha camisa do Flu, era calorosamente cumprimentado e até festejado. Todas as pessoas que gostam de futebol sabiam que aquela final ficaria para a história como uma das mais dramáticas, espetaculares, emocionantes. Ganhei, também, algumas caras fechadas, já que da mesma forma que foi especialmente delicioso para os Tricolores, foi especialmente doloroso para os molambos flamenguistas. Mas também não perdi nenhuma amizade. Foram apenas algumas reações completamente normais.

    Hoje em dia, não acompanho futebol como acompanhava em minha adolescência (até a crise que levou o Flu à terceira divisão). Mas quando alguém me pergunta por que eu gosto de futebol ou porque sou Tricolor, aquela sensação me vem à memória. Nunca conseguirei traduzir esta sensação em palavras, e, para ser sincero, nem tento. Aquilo foi para sentir e não para contar.

    quinta-feira, 21 de outubro de 2010

    Chega março, chega!!!

    Taguatinga (congelem-me) - Está no site da Rolling Stone magazine: Red Hot Chili Peppers quer lançar álbum em março de 2011. Leiam tudo aqui

    Nossa, para mim, nem parecia que havia tanto tempo (5 anos) desde o Stadium Arcadium. Escuto este disco pelo menos uma vez por semana e ainda me admiro com algumas coisas que vou percebendo, vou gostando mais de algumas faixas, menos de outras... Agora é esperar o mês de março chegar. Congelem-me para ver se chega mais rápido!!!! 


    Porque eu uso Pinguim Drums?

    Taguatinga (sim, existe vida após a reforma) - Antes de mais nada, esclareço que este post nada tem a ver com propaganda (ou merchandising, se preferirem). Trata-se apenas de uma reflexão/reverência. A questão da vez é a fabricante nacional de baterias Pinguim. Para contextualizar o leitor, a Pinguim é uma fábrica de baterias nacional que foi fundada há bastante tempo (década de 50) e que, em sua jornada, já teve alguns períodos de hiato e atualmente vem usando de criatividade e jogo de cintura para manter-se na ativa.

    Tenho alguns equipamentos da Pinguim. Sou um feliz proprietário de uma bateria modelo Piccolo, equipado com uma caixa da série limitada denominada Êxitos (com 10 afinações, entre outras features). A história desta bateria é extremamente curiosa. Comprei-a em novembro de 2004 do Jones, um camarada que era revendedor autorizado da marca, na época. Inicialmente, meu interesse deveu-se exclusivamente ao fato de que esta bateria tem medidas reduzidas e eu morava em um apartamento. À medida que minha vida como baterista desenvolvia-se, a bateria andava comigo para todos os lados. Foi nesta bateria que dei minhas primeiras batucadas e foi com ela que fiz meu primeiro show. Não é exagero dizer que em TODOS os lugares em que eu a levava, era sucesso absoluto. Mesmo antes de ouvir seu som, todos ficavam encantados com seu visual. Por várias vezes ouvi elogios rasgados de baixistas, guitarristas e até de curiosos. Do alto da minha ignorância, me desfiz da batera menos de um ano após sua aquisição, em agosto de 2005, quando adquiri minha primeira bateria importada, uma Pearl. "Pô, foi uma troca justa". Pensarão os desavisados. Pois digo aos desavisados: continuem lendo...

    Bateria Pinguim montada para show em junho/2010

    Vendi a bateria para um amigo que estava iniciando seu aprendizado no mundo das baquetas. Fiquei acompanhando sua trajetória meio de longe e, uns 2 anos depois, meu amigo mudou-se para Goiânia. E a bateria foi junto. A partir daí não pude acompanhar com muita propriedade o desenrolar da história dos dois. Em 2007, mudei-me para uma casa. Agora eu tinha espaço suficiente para ter mais de uma bateria. Mas não tinha dinheiro para dar-me este luxo, ainda mais com a gravidez de minha esposa no fim do ano. Passado algum tempo, as coisas se estabilizaram. Eu já estava na minha quinta (e atual) bateria da Pearl (outro dia eu posto foto de todas elas aqui), quando surgiu a necessidade e a condição de acumular duas baterias, então no início de 2009 comecei a pensar mais sobre o assunto. Como sentia uma saudade incontrolável da Pinguim, resolvi "sondar" o meu amigo de Goiânia e tive a feliz (para mim) notícia de que ele havia desistido de tocar bateria, por questões de prioridades, e que a bateria estava parada. Não pensei uma vez sequer, já emendei uma proposta. O Ricardo me "cozinhou" por uns 3 meses e acabou sumindo. O sonho continuou e, no início de 2010, não me lembro por qual motivo, retomei os contatos para a compra da bateria e, desta vez, não deixei o cara respirar. Depositei a grana e dei um jeito de pegar a bateria. Tempos depois, o Ricardo me confidenciou que havia me cozinhado na oportunidade anterior, porque mesmo sem tocar, ele não gostaria de se desfazer da bateria, já que tinha muito muito apreço por ela. Mas que agora pensou melhor e que, como ele tinha certeza de que eu cuidaria bem da relíquia, acabou cedendo. Muitos amigos músicos dizem aquela máxima: "Não se vende o primeiro instrumento". Apesar de não ter seguido o conselho, fui agraciado com a possibilidade de reaver minha jóia. Ufa! 

    Além desta bateria, tenho também, uma caixa da Pinguim totalmente customizada, projetada pela Mônica Roncon (primeira dama da Pinguim, a melhor vendedora de todas) e por mim. É outro xodó. Ainda não fiz um show usando a bateria Pinguim e esta caixa, estou devendo. Esta caixa é outra que ganha elogios por onde passa. Certa vez, iríamos tocar com uma outra banda e o equipamento de bateria das duas bandas seria o meu. O baixista da outra banda era fã desta caixa e já havia feito toda a propaganda para o baterista. Mas no dia eu toquei com uma outra caixa. A decepção no rosto dos dois me fez prometer que na próxima vez levaria a Pinguim. Uma pena que não rolou, mas perceberam a empatia? O cara estava pouco se lixando em tocar na minha bateria Pearl novinha com acabamento sparkle, estava atrás da caixa Pinguim. Apesar de nem ter comentado, quando troquei a bateria Pinguim pela Pearl, o pessoal da banda até reclamou: "Pô Pedrão, eu gostava tanto da outra bateria. Por que você trocou?". Na época eu tinha argumento. Hoje nem eu sei porque fiz aquilo.

    Caixa Pinguim 14"x8" totalmente customizada


    Este ano, ocorreram algumas passagens marcantes: a primeira, foi o Sérgio, amigo baterista, que soube dos meus planos de reaver a pequena e, a partir dali, tomou coragem para dar "um trato" na sua primeira bateria, uma Pinguim preta, que estava esquecida no porão da casa de seu pai, sem contar que passamos uma tarde inteira falando sobre as Pinguins; a segunda foi no evento 100% bateras, onde o Deth Santos viu a Pinguim e já veio falando de lá "Tenho que tocar nesta bateria e tirar uma foto!"; a terceira foi o Kaká Barros ao ouvir meio atravessado que eu tinha uma Pinguim: parou a conversa em que estava e me perguntou "Você tem uma Pinguim? Que cor? Qual o ano?"; a quarta e última foi o Thiago Cunha, baterista da banda Salve, que ao saber sobre a minha preciosidade perguntou como se estivesse incrédulo: "Você tem uma Pinguim???? Sério? Como ela é?".

    Não quero questionar aqui, os motivos pelos quais uma marca tão querida e tão admirada enfrenta tantas dificuldades para sobreviver. Até porque não vivo o dia a dia da Pinguim e acredito que só quem está lá dentro saberá as melhores repostas. Mas deixo aqui o exemplo da Pinguim, que não tem a capacidade financeira uma Tama, não tem a tecnologia de uma DW, o marketing de uma Pearl ou a capacidade de produção em escala de uma Mapex. Mas que fez todas as suas baterias com dedicação, amor, capricho, qualidade e muito respeito aos músicos (disso eu posso falar) e que tem a admiração de muita gente que gosta e que conhece de baterias. Depois da minha Pinguim, tive cinco ótimas baterias da Pearl e uma da Mapex. A única que me deixou saudades a ponto de tentar compra-la novamente foi a Pinguim. Para quem não é músico, pode parecer esquisito dar tanta importância a um instrumento musical, mas como o próprio nome já diz, ele é o instrumento por meio do qual o músico mostra sua arte ao mundo. O que faz das baterias Pinguim tão especiais, além de seu primoroso som, é a garra, o empenho e o amor da família Roncon em nos proporcionar um instrumento de ótima qualidade e que já é querido desde a sua construção. Talvez eles nem tenham a real noção de quanta gente admira a Pinguim, de quanta gente começou a tocar numa Pinguim ou de quanta gente ainda tem uma Pinguim até hoje. Deixo aqui os meus parabéns e desejo, de verdade, que a marca se fortaleça novamente. Como sempre, estarei acompanhando (de perto).


    Para quem ficou curioso:
    Um vídeo meu, usando a bateria e a caixa da Pinguim: R.E.M. - The One I Love (drum cover)
    Site da Pinguim: www.pinguimdrums.com.br

    segunda-feira, 4 de outubro de 2010

    Um breve comentário sobre "Comentários"

    Taguatinga (e o ano acabou) - Sempre quis ter um espaço como este, para trocar idéias. Na internet, a possibilidade de trocar idéias com o mundo inteiro, incluindo pessoas que você não conhece (e quem nem virá a conhecer) é mais instigante ainda. Então, resolvi depois de uma tentativa frustrada (como já falei no post de abertura do blog) abrir o leque e trazer outros assuntos que fazem parte do meu cotidiano à tona.

    Há aproximadamente duas semanas (um pouco menos), instalei um contador de acessos no blog e, para a minha grata surpresa, vi que o blog está com uma quantidade de acessos que considero expressiva, dado o espaço de divulgação reduzido. Em contrapartida, pouca gente deixa seu ponto de vista no espaço destinado a isto: "Comentários".

    Diante disto, faço um pedido: COMENTEM! Não se acanhem, deixem suas opiniões e idéias. Digam-nos se concordam ou discordam. Mostrem-nos outros pontos de vista. O objetivo do espaço é exatamente a TROCA de idéias. Com os posts, ofereço-lhes as minhas, então peço que comentem e ofereçam-nos as suas também!

    Um grande abraço!

    domingo, 3 de outubro de 2010

    Por que não?

    Águas Claras (até que enfim) - Alguns dias em nossas vidas são marcantes. Os motivos são mais diversos. Tenho uma coleção deles em minha memória. Coleção esta que aumentou na última terça-feira, dia 28/09/2010. Há algum tempo, comentei, aqui no blog, sobre a iniciativa do Deth Santos em ir até New York ter aulas com o grande Thomas Lang. Uma das notícias que Deth trouxe na bagagem foi a vinda de Mr. Lang ao Brasil para a Expomusic e para uma série de workshops. A notícia que já parecia excelente, conseguiu ser melhor ainda, quando soubemos que uma das cidades candidatas a receber um de seus workshops seria Brasília. Não me lembro se isto ocorreu no mesmo dia ou não, mas o fato é que, a partir desta informação, a expectativa de todos os amigos bateristas cresceu bastante.

    Passado algum tempo, soubemos que Brasília estaria fora do roteiro de Mr. Lang e que o mais próximo que o teríamos daqui seria em Goiânia (GYN). Nada mal. Alguém que mora em outro continente, a milhares de Km de nós, estaria a menos que 200 Km por um dia, por algumas horas. Enfim, a galera se mobilizou, e foi. Combinamos de não ir em vários carros para diminuir o custo da viagem e finalizamos as questões de horário e local para que todos se encontrassem. Às 17:00 os cinco guerreiros: Flávio Caixeta, Deth Santos, Kaká Barros, Paulinho Portnoy e eu estávamos na BR-040, rumo à Goiânia. Todos devidamente espremidos no carro do Kaká (diga-se). A idéia de ir em apenas um carro, apesar de não ser a maneira mais confortável, mostrou-se perfeita, pois fomos TODOS conversando e "tuitando" até lá. As duas horas que passamos juntos no caminho fortaleceram ainda mais a amizade que vem surgindo da "Casa de Swing". Não pensem mal, trata-se de um grupo de bateristas que reúnem-se mensalmente para "trocar figurinhas". Daqui para frente, apenas a Casa. Em meio às palhaçadas do Kaká e a zoação do Caixeta ao Paulinho, foram 2 horas muito legais.


    Chegando à GYN, tudo correu bem. Não nos perdemos, como de costume, um pouco graças ao GPS. No local do evento, ainda encontramos outros amigos da Casa: Raphael Luiz, Paulinho Novaes e Cheba. Ainda tivemos a oportunidade de fazer algumas novas amizades e pude conhecer pessoalmente um batera muito sangue bom com quem já falava via Messenger havia anos, o Paulo 'Pauleraz'. Aguardamos pacientemente a abertura das portas do Santa Fé Hall, com um atraso de aproximadamente uma hora (penso que foi isso, mas a sensação foi de muito mais). A abertura do evento foi por conta de Daniel Oliveira, editor da revista Batera & Percussão, que toca muito, diga-se. Honras da casa feitas, chega a hora de Mr. Lang subir ao Palco. A partir daí foi magia pura. O que vi foi inacreditável. Técnica, pressão, precisão, coordenação e todos os outros elementos que fazem um grande baterista estava ali, a poucos metros de nossos olhos, em carne e osso. Os amigos bateristas me desculpem, mas meu parâmetro para um baterista sinistro mudou muito. Depois do pouco que vi Thomas Lang fazer ao vivo, não conseguirei ver as coisas como via antes. Não sei bem o tempo total que duraram a apresentação e a sessão de perguntas. Penso que em situações como esta o tempo pouco importa, então a última coisa da qual me lembraria seria o tal relógio, que agiria contra nós, se déssemos bola pra ele. Mas foram instantes em que estive de boca aberta, literalmente falando. Acredito que a magia da noite estava sendo captada por todos os presentes (falando sobre a galera da Casa) e como tudo acaba, acabou.


    Mas o melhor estaria por vir. Mr. Lang, que já havia cumprimentado Deth durante a apresentação, o convidou para um batepapo no camarim. Desgastado pela intensidade da apresentação, Mr. Lang pediu alguns minutos antes de autógrafos e fotos. Mas a hora chegou: fizemos algumas fotos com o cara e autografei minha revista Modern Drummer, onde o vi pela primeira vez. Também pudemos trocar algumas palavras vagas e "pastéis" em inglês. Realização total, certo? Errado! Eis que passada a sessão de autógrafos e fotos, Deth nos chama para o camarim, onde pudemos bater papo (isso mesmo) por algum tempo com Mr. Lang. Naquele instante, mais uma vez, tive a certeza de que os elementos que fazem um ídolo não se restringem a talento e competência. Thomas, mostrou-se extremamente simples (como o Deth já havia nos dito) e interessado em conhecer um pouco sobre aqueles que ali estavam. Conversamos sobre coisas diversas como sua percepção sobre o Brasil, sua mudança para Los Angeles, sobre alguns de seus planos como a turnê pela Ásia, a venda de sua batera via eBay entre outros. Contamos para ele sobre a Casa e sobre os encontros mensais ao que fomos, surpreendentemente respondidos com: "Nós também temos um grupo como este em Los Angeles. Somos: eu, Tommy Aldridge..." e foi enumerando nomes deste quilate. Meus Deus!! Thomas Lang comparando seu grupo à Casa?? Quando falo em comparar não é a questão da qualidade dos bateristas envolvidos, mas em como ele colocou que também participava de um grupo como o nosso, de como era importante ter este tipo de interação e tudo mais. A humildade do cara foi sensacional. Entre outros assuntos, falamos da idéia do Deth fazer seu próprio Boot Camp (curso do Mr. Lang, do qual o Deth participou), o qual o Caixeta batizou de "Sneakers Camp". Apesar de sempre falarmos sobre isto, naquela hora a colocação foi feita meio na brincadeira e Deth já tratou de falar: "Não, não. Nada disso.", mas Mr. Lang respondeu interessado (nem sério, nem rindo): "Muito bom, Deth. Por que não?". Estão vendo do que estou falando quando disse que ídolos tem muito mais do que talento e competência?


    A viagem de volta foi mais silenciosa. Além do fator cansaço, pensávamos em tudo que acontecera naquela noite. E é claro que rolaram as já tradicionais brincadeiras do Kaká e a zoação do Caixeta ao Paulinho. A chuva, que não víamos em Brasília havia mais mais de quatro meses nos acompanhou praticamente por toda a viagem de volta. Alguns dormiram. Outros, como eu, não conseguiam. Era muita informação para tão pouco tempo. Processar tudo aquilo levaria dias. Como de fato levou. E chegamos em segurança, extasiados, confusos, emocionados e abertos à gama de possibilidades que uma noite como aquela nos abria. Confesso que não era fã de Thomas Lang. O admirava, como admiro a vários bateristas e ainda não posso me dizer fã do baterista Thomas Lang. Passarei a acompanhar mais o seu trabalho daqui para frente. Mas já sou fã de carteirinha da PESSOA Thomas Lang. Um cara simpático, simples, humilde e com talento e competência de sobra, que nos faz viajar, transcender as possibilidades e os limites que pensamos estarem mais próximos do que realmente estão. Como na questão Sneakers Camp do Deth: "Por que não?".

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