segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Luto

Taguatinga - Há exatas duas semanas, estava eu escrevendo para o blog com um sorriso aberto, muito feliz e realizado pelo título brasileiro conquistado pelo Flu. Hoje, estou aqui novamente. O sorriso trocado pelas lágrimas, a realização pela angústia e a felicidade por uma tristeza que parece não ter tamanho e nem fim. Hoje, perdi uma pessoa que fez de mim um ser humano melhor sem me pedir nada em troca. Uma pessoa que sempre cuidou de mim como seu eu fosse seu filho. Uma pessoa que sorriu comigo em momentos de alegria e que chorou e me deu conforto sempre que precisei. O meu sogrão, o Paulo Roberto Gentil (ou o Seu Gentil) era um daqueles caras que farão falta demais ao mundo. Um cara de amor infinito. Que fazia literalmente tudo o que estava a seu alcance para ajudar o próximo.

Deus tem seus motivos e suas razões. Não estou aqui querendo questioná-lo ou entendê-lo. Sou muito pequeno para isto. Mas estou sentido a dor da perda e usando dos meios e dons que possuo para extravasá-la. Sinto-me muito grato e honrado por ter coexistido e convido com uma pessoa tão grandiosa como era o Seu Gentil. Sinto, também, que poderia ter aproveitado melhor o tempo que passamos juntos, as viagens que fizemos, as peladas que jogamos, as festas, os fins de semana e os churrascos aqui em casa. Cada minuto poderia ter sido aproveitado para lhe dizer tudo o que estou escrevendo hoje e para lhe agradecer por tudo. Todas as pessoas que tiveram o prazer de passar poucas horas com ele saberão bem do que estou falando. Hoje, recebi diversas ligações de amigos meus que o conheciam. Todos sentindo e lamentando esta perda. Perda esta que não é só da nossa família. O mundo fica pior e mais triste sem pessoas como o Seu Gentil.

Ainda não sei o que vou falar falar para os gêmeos e nem como vou fazê-lo. Mas nunca vou deixá-los esquecer quem era o avô deles e tudo o que ele fez por todos nós. Gostaria de ter o poder de deixá-los conviver mais um pouco com ele. Gostaria de dar-lhes mais uma tarde no parque, mais um dia no clube ou apenas algumas horas de brincadeira na sala de sua casa. Qualquer coisa que pudesse fazê-los sentir o que seu avô transmitia para o mundo e para todos que o cercavam e, principalmente, todo o amor que ele tinha pelos netos. Nada que eu conseguir falar para eles dará sentido ao que eles sentiriam se pudessem viver a situação. Nada.

Um comentário:

Postagens populares